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quarta-feira 6 de julho de 2022 às 08:38h

PT da Bahia aprova resolução no ‘Encontro de Tática Eleitoral 2022’

NOTÍCIAS


O Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores da Bahia aprovou no dia 01 de julho a resolução do Encontro de Tática Eleitoral 2022. No documento, foram definidas as tarefas de unir as forças políticas e sociais para vencer as forças do atraso que dominam o Governo Federal, derrotando a extrema direita bolsonarista e o neoliberalismo, e impedir a volta ao governo do Estado das forças do passado que relegaram a Bahia aos piores índices sociais. Foram colocados também como objetivos principais eleger Lula presidente da república para reconstruir o Brasil e eleger Jerônimo Rodrigues governador para dar continuidade ao projeto de transformação que o PT vem promovendo na Bahia.

“Nosso objetivo no próximo Governo encabeçado pelo PT é seguir priorizando a justiça social, uma agenda de ampliação de direitos, um governo que cuide do desenvolvimento econômico sem esquecer o desenvolvimento social, da educação, da saúde, da cultura, do meio ambiente e respeito à vida do nosso povo. Também lutaremos pela correção de injustiças estruturais contra mulheres, negras e negros, jovens, idosos, PCD e LGBTQIA+, sempre em defesa dos Direitos Humanos. Mais uma vez, seremos fiéis ao nosso Programa de Governo para fazer uma Bahia cada vez mais livre, igualitária, democrática e que cuide do nosso povo”, afirma o Diretório em trecho do documento.

Resolução Encontro de Tática Eleitoral 2022

Conjuntura Internacional

  1. Desde 2008 vivemos sob uma crise do Capital sem precedentes. A globalização da economia não nos permite a recuperação de uma crise, ela apenas se desloca pelo planeta. Os economistas do Capital fingem não compreender que o problema está na estrutura produtiva, na superprodução, na limitada capacidade de consumo de uma imensa maioria em contraste com a ilimitada capacidade de exploração dos recursos humanos e naturais por parte de uma ínfima minoria. Tal crise não superada, aprofundada pela pandemia e suas consequências, nos coloca diante de uma perspectiva de baixo ou nenhum crescimento econômico acompanhado de uma carestia. Essa crise econômica gera uma crise política, o acirramento da Luta de Classes e da disputa de interesses entre as nações, disputa essa sobre a geopolítica, na qual dois modelos se confrontam.
  2. Nesse cenário o imperialismo avança contra os direitos e a soberania dos povos, defendendo uma ordem unipolar e a dominação econômica, política, militar e cultural dos povos oprimidos, em busca da garantia de lucros em um mundo que vive um problema estrutural de crescimento econômico. Para tanto o imperialismo a serviço do capital vê uma saída: a superexploração da classe trabalhadora.
  1. Por outro lado, a China protagoniza um pólo contra-hegemônico, planificando a economia, combatendo a fome, a miséria e a pobreza e priorizando o investimento em setores estratégicos dentro e fora daquele país, ampliando assim sua influência no sistema internacional
  2. Uma das consequências dessa polarização é a guerra da Ucrânia. De um lado a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), uma aliança militar consolidada e sem inimigo definido, que cria vilões para manter sua máquina de guerra funcionando, garantindo assim os interesses do imperialismo pelo controle de recursos estratégicos, em especial da energia, e frequentemente desrespeita os princípios do direito internacional. Do outro lado uma Rússia, acuada pela OTAN, que fere os princípios e normas internacionais ao ocupar militarmente um território soberano. No meio disso tudo um povo que sofria desde o golpe, com componentes neonazistas, de 2014 e agora sofre as consequências de uma guerra.

América Latina

  1. Bons ventos sopram da América Latina. Com a vitória de Gustavo Petro, na Colômbia, se fortalece a retomada dos governos progressistas e defensores da soberania na grande pátria latino-americana. O projeto da Classe Trabalhadora e dos povos oprimidos dirige hoje, com maior ou menor cessão ao Capital, cada vez mais países da nossa grande pátria, a exemplo da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, México, Peru, Venezuela, entre outros.
  2. O projeto político imperialista para a América Latina é nos manter dependentes econômico-político-militar-culturalmente dos países centrais. Nesse cenário, reserva-se ao subcontinente a superexploração dos trabalhadores e trabalhadoras: restrição do poder de compra e dos serviços públicos, bem como intensificação e aumento da jornada de trabalho.
  3. Será papel do Brasil sob um próximo governo do PT, nesse cenário, atuar de forma altiva e ativa, defendendo a multipolaridade, a independência e soberania das nações, a autodeterminação dos povos, a não intervenção, a igualdade entre os Estados, sempre em defesa da paz e contra a guerra, a solução pacífica dos conflitos, a cooperação entre os povos e os Direitos Humanos. O Brasil deve sempre ser contrário a uma ordem unipolar, ao imperialismo e à intervenção política ou militar de um país sobre qualquer nação, o racismo e o terrorismo, seja ele individual, de grupos ou o terrorismo de Estado. Também será tarefa do próximo governo promover a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, culminando assim no aprofundamento da democracia.

Conjuntura Nacional

  1. No Brasil temos também dois projetos em disputa.
  2. De um lado o Brasil da fome, da miséria, da carestia, da estagnação econômica e isolado do sistema mundo, corrupto e antidemocrático. Vivemos no Brasil o pior momento de nossa história democrática. A fome aumentou aos níveis da década de 1990, apenas 4 em cada 10 famílias têm acesso pleno à alimentação, somos 125 milhões de brasileiros em situação de insegurança alimentar. Esse resultado ocorre também durante uma pandemia de COVID na qual temos registros de mais de 670 mil mortos. Mortes estas que poderiam ter sido evitadas se não vivêssemos sob um governo Genocida. Bolsonaro é responsável por centenas de milhares dessas mortes, ao negar a vacinação ao nosso povo, estimular aglomerações e promover o uso de remédios impróprios para a covid.
  3. O descaso e a desumanidade de Bolsonaro são responsáveis pela morte de centenas de milhares de pessoas sob o argumento que salvaria a economia. Mas o povo passa fome, a carestia disparou, o desemprego bate recorde, a industrialização cai em ritmo violento e os combustíveis sobem de preço. Enquanto isso, a Petrobrás distribui lucros de 45 bilhões só no primeiro trimestre de 2022 e aumenta o número de bilionários no Brasil. Bolsonaro promoveu um genocídio alegando salvar a economia, mas estava garantindo a concentração de renda para os super ricos.
  4. Ao promover o lucro dos super ricos o que Bolsonaro nos entregará é a estagflação, isso é, um Brasil com queda da atividade econômica, dos empregos e dos salários, mas que tem o custo de vida cada vez mais alto.
  5. Do outro lado temos o Brasil da Esperança
  6. Com Lula o Brasil voltará a crescer e assim devolveremos ao Estado o seu papel de indutor do crescimento. Acabaremos com o superlucro da Petrobrás ao custo do povo trabalhador. Revisaremos a Reforma Trabalhista. Daremos fim ao teto de gastos para que o Brasil possa investir mais, cuidando de quem mais precisa, com atenção especial para a nossa saúde, segurança e educação. Investiremos no desenvolvimento de um país que crescerá compartilhando a riqueza produzida.
  7. Lula respeita a democracia, a vontade do povo trabalhador, por isso retomaremos e ampliaremos os mecanismos de participação popular. Assim como devolveremos aos órgãos fiscalizadores o seu papel de combate à corrupção.
  8. Com Lula reconstruiremos e transformaremos o Brasil no Brasil da Esperança.

Conjuntura Estadual

  1. A disputa presidencial e de rumos do País tem no processo de eleição na Bahia um dos centros mais importantes da disputa nacional. Sendo o 4º colégio eleitoral, a 5ª economia do País e o maior estado governado pela esquerda, a Bahia terá força emblemática. Nosso Estado é o carro-chefe do principal contraponto ao desgoverno da extrema-direita nacional – o Consórcio do Nordeste.
  2. Na Bahia, junto com Lula, derrotamos as oligarquias tradicionais e os representantes do campo neoliberal há 16 anos. Há quase quinze anos invertemos as prioridades do nosso estado e promovemos profundas reformas em nosso estado, ampliando direitos e consolidando um jeito diferente de fazer política, pautado pelo respeito e pela democracia.
  3. Desde o Governo Wagner a Bahia vive um ambiente de convivência democrática e de participação social nos programas e projetos do Estado que produziu uma elevação do padrão de vida do povo. Sob Wagner e Rui promovemos a modernização da economia; o resgate do planejamento, a universalização do acesso à água, energia e serviços essenciais à população, a recuperação da malha viária; a interiorização dos serviços de saúde, na forma plena, e do ensino técnico-profissional e superior, etc; constituindo um novo projeto de desenvolvimento com inclusão social e democracia; enterrando o passado autoritário de perseguição; atraso econômico e concentração de renda.
  4. A nacionalização da disputa no Estado é uma questão central na formulação da nossa estratégia eleitoral na Bahia. Além da defesa da democracia, ameaçada pelos arroubos autoritários e golpistas do Presidente da República e da tutela militar do seu governo, as grandes questões nacionais referentes à crise econômica (estagnação do crescimento; privatização do Estado; desmonte das Políticas Públicas; aumento da pobreza, fome e violência; subalternização as potências econômicas do hemisfério norte; ganhos estratosféricos do rentismo) impactam diretamente na vida econômica e social do nosso Estado travando a desenvoltura e performance do nosso Governo Estadual.
  5. A tarefa central é unir as forças políticas e sociais para vencer as forças do atraso que dominam o Governo Federal, derrotando a extrema direita bolsonarista e o neoliberalismo. Devemos impedir a volta ao governo do Estado das forças do passado que relegaram a Bahia aos piores índices de acesso à água; energia; saúde pública; pobreza e indigência social; mortalidade infantil; déficit habitacional e favelização; seca, desalento e fome; além da perseguição política e subordinação dos poderes institucionais; e uso dos aparatos de segurança e repressão para intimidar os cidadãos, empresários e políticos que não obedeçam às ordens do chefe do Executivo e do seu poder oligárquico.
  6. A Bahia passou na última década por um grande processo de modernização da sua estrutura urbana e rural com habitações populares; metrô, VLT e estradas; energia solar e eólica; adutoras; medicina de imagem e UTI’s; universalização do acesso a água e energia; atenção básica à saúde; interiorização das universidades públicas; e desenvolvimento da agricultura e agroindústrias familiares. Tudo isso fez do Governo do Estado uma referência Nacional.
  7. Com base nesse compromisso histórico de derrotar o campo conservador e os neoliberais; bem como na importância da Bahia para a derrota de Bolsonaro com a eleição de Lula, o papel do nosso estado no desenvolvimento nacional; o papel do Consórcio do Nordeste para o desenvolvimento da nossa região; e nosso desejo e ação para a criação de um mundo multipolar e mais respeitoso; derrotaremos o campo neoliberal, e toda a agenda Bolsonaro-Guedes para a economia, que joga o nosso povo na miséria.
  8. Derrotaremos o bolsonarismo escancarado representado pela candidatura de João Roma assim como derrotaremos o representante do neo-carlismo, o ex-coordenador da campanha de Bolsonaro no Nordeste e ex-prefeito da capital ACM Neto e também todos os que defendem políticas anti-povo, nas eleições para o Governo e Senado.
  9. A Bahia, estado do povo trabalhador, tem lado. Nosso lado é ao lado de Lula para derrotar Bolsonaro, devolver a esperança para o povo Brasileiro e renovar os votos de confiança do povo baiano em nosso projeto.
  10. Para a árdua tarefa de mais uma vez derrotar as oligarquias, o neofascismo e os neoliberais escalamos o companheiro Jerônimo Rodrigues candidato a Governador da Bahia, com fé no povo baiano e, mais uma vez, na nossa vitória. Muito nos orgulha também a escolha do Presidente da Câmara de Salvador, Vereador Geraldo Junior, para ser o próximo Vice-Governador da Bahia.
  11. O PT Bahia se empenhará na reeleição do valoroso Senador Otto Alencar, parceiro de longa data e defensor da democracia, de um projeto nacional de desenvolvimento e sempre atento às demandas dos trabalhadores e trabalhadoras. Um progressista.
  12. Nosso objetivo no próximo Governo encabeçado pelo PT é seguir priorizando a justiça social, uma agenda de ampliação de direitos, um governo que cuide do desenvolvimento econômico sem esquecer o desenvolvimento social, da educação, da saúde, da cultura, do meio ambiente e respeito à vida do nosso povo. Também lutaremos pela correção de injustiças estruturais contra mulheres, negras e negros, jovens, idosos, PCD e LGBTQIA+, sempre em defesa dos Direitos Humanos. Mais uma vez, seremos fiéis ao nosso Programa de Governo para fazer uma Bahia cada vez mais livre, igualitária, democrática e que cuide do nosso povo.
  13. Para tanto é fundamental a composição de um arco de alianças que nos permita vencer as eleições e governar o nosso Estado, mantendo o compromisso com o nosso projeto político. Seguiremos em diálogo com uma Frente de Esquerda, formada pelos partidos de esquerda aliados na Bahia, que atualize o programa da Classe Trabalhadora na Bahia para o Século XXI. Também seguiremos com um movimento mais amplo que nos permita a governabilidade necessária, bem como crie ampla maioria para a eleição de Lula, Jerônimo e Otto na Bahia. Não faremos qualquer cessão ou diálogo com os campos bolsonarista e neoliberal, inimigos do povo baiano e dos direitos da Classe Trabalhadora.
  14. É de importância estratégica a preservação da unidade da base política e de sustentação do Governo do Estado da Bahia, garantindo que as forças políticas da coalizão de Governo, componham a coligação eleitoral, nas suas chapas proporcional e majoritária.
  15. Nesse sentido a aliança PT, MDB, PSD, PSB, PCdoB, PV, AVANTE, e PATRIOTAS, estarão na coligação majoritária e cada partido com suas chapas proporcionais, além da Federação PT-PCdoB-PV.
  16. Mesmo diante de um cenário desafiador para o legislativo estadual, fruto da Federação Partidária que a necessidade política de fortalecer nossa estratégia nacional de eleição do Presidente Lula nos impôs, o PT está empenhado na reeleição e ampliação dos mandatos de Deputados Estaduais para ajudar o próximo governador Jerônimo em seu mandato e também ampliação da nossa bancada de Deputados Federais, conforme prioridade nacional do PT.
  17. A trajetória de vitórias sucessivas das nossas candidaturas presidenciais na Bahia, por ampla margem, deve ser trabalhada por nós e pelas forças aliadas, estruturando os palanques regionais de forma ampla, mobilizando os segmentos sociais e religiosos, potencializando assim as nossas candidaturas ao Governo do Estado e ao Senado, além das nossas chapas proporcionais à Assembleia Estadual e a Câmara Federal.
  18. Renovando nosso compromisso com a Classe Trabalhadora e o povo pobre, a militância do PT Bahia firma o compromisso de em 2022 eleger Jerônimo e Geraldo Júnior para o executivo estadual, reeleger Otto senador pela Bahia, assim como Lula e Alckmin para o executivo nacional.
  19. A Bahia tem lado, e o lado da Bahia é o lado de um Brasil feliz de novo, cheio de esperança, com Jerônimo Governador e Lula Presidente.

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