domingo 24 de novembro de 2024
Ciro Gomes, candidato presidencial do PDT — Sergio Lima/AFP
Home / NOTÍCIAS / PDT tem dificuldade de formar palanques para Ciro Gomes
terça-feira 5 de julho de 2022 às 08:40h

PDT tem dificuldade de formar palanques para Ciro Gomes

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Ainda sem ter conseguido achar um partido disposto a se coligar à candidatura presidencial de Ciro Gomes, o PDT tem visto esse isolamento se repetir na maioria dos estados. Segundo o jornal O Globo, entre os oito nomes do partido confirmados na disputa por governos estaduais, somente três conseguiram tirar a aliança do zero com o apoio de ao menos uma outra sigla: Rodrigo Neves no Rio, Weverton Rocha no Maranhão e o candidato no Ceará, cujo nome ainda não foi definido.

A conjuntura é difícil mesmo nos casos em que há alianças confirmadas. No Rio, Neves só logrou atrair siglas pequenas, como o Patriota, o Agir (ex-PTC) e o Cidadania. A última legenda, porém, está federada com o PSDB e, embora o PDT tente atrair os tucanos, o partido deve ceder Cesar Maia como vice para a chapa do deputado federal Marcelo Freixo (PSB), também pré-candidato ao Palácio Guanabara. Além disso, o ex-prefeito de Niterói tem feito acenos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), adversário de Ciro na disputa ao Planalto, embora não assuma publicamente.

Já no Maranhão, onde Weverton lidera as pesquisas ao governo estadual e tem uma gama de partidos em sua aliança — incluindo o PTB e o PL, do presidente Jair Bolsonaro —, o senador também quer apoiar Lula, ainda que o petista já tenha palanque no estado.

No Ceará, o PDT vai escolher entre o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio e a atual governadora Izolda Cela o postulante ao Executivo para compor chapa com o PT, que terá o ex-governador Camilo Santana como candidato ao Senado. A aliança histórica entre os dois partidos, apesar de forte, também terá que se dividir para o palanque presidencial, mesmo no reduto eleitoral de Ciro Gomes.

A dobradinha também pode se repetir no Paraná, em que o PDT deve indicar o nome ao Senado na chapa do petista Roberto Requião ao governo; em Santa Catarina, onde o apoiado deve ser Décio Lima (PT), com outro pedetista para senador; e no Rio Grande do Norte, em que o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), será o candidato da chapa ao Senado, enquanto a atual governadora Fátima Bezerra (PT) tenta a reeleição.

Para o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, dividir chapas nos estados com o PT, adversário na disputa ao Planalto, não será um problema para a candidatura de Ciro.

“Isso já aconteceu em 2018, não vejo problema. Cada candidato vai apoiar e dar palanque ao nome do seu partido”, afirma Lupi.

Dentre as outras pré-candidaturas pedetistas já colocadas, a que tem melhor desempenho em pesquisas é a da senadora Leila Barros, no Distrito Federal. Até o momento, no entanto, ela caminha sozinha, assim como Elvis Cezar (SP), Carol Braz (AM), Juraci Francisco dos Santos (RR) e Vieira da Cunha (RS).

Há ainda conversas para que o PDT indique o vice de ACM Neto (União), apoiado na Bahia, e de Renato Casagrande (PSB), no Espírito Santo, embora nenhum dos dois seja certeza de palanque para Ciro, já que o União lançou Luciano Bivar e o PSB, aliado do PT, vai apoiar a candidatura de Lula. Em Goiás, o apoio pedetista deve ser do governador Ronaldo Caiado, independentemente de o partido ter um nome na chapa.

“Há outros casos ainda em conversa e que só serão definidos à frente. No Pará, por exemplo, o PDT vai apoiar o Helder Barbalho (MDB) sem nome algum na chapa, mas ele prometeu dar palanque ao Ciro”, afirma Lupi.

Veja também

Rei da maior etnia de Angola visitará Salvador pela primeira vez

Soberano do maior grupo étnico da Angola, o Reino de Bailundo, o rei Tchongolola Tchongonga …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!