O pré-candidato a governador, ex-ministro da Cidadania e deputado federal, João Roma (PL), disse que a adesão do PTB à pré-candidatura de ACM Neto são um exemplo atual da política atrasada e baseada no “toma lá, dá cá”, característica das pré-candidaturas adversárias tanto do ex-prefeito de Salvador quando de Jerônimo Rodrigues (PT).
O presidente da sigla petebista na Bahia, Gean Prates, assumiu cargo na Arsal no mesmo momento em que anunciou apoio a ACM Neto. “O exemplo do PTB fala por si só. No momento do anúncio, saiu a nomeação no Diário Oficial. Mas isso não nos move”, comentou o pré-candidato do PL, durante entrevista à Rádio CBN, realizada nesta segunda-feira (4).
Roma salientou que é difícil competir contra as candidaturas de ACM Neto e de Jerônimo Rodrigues nesse ponto, uma vez que utilizam as estruturas da Prefeitura de Salvador e do Governo do Estado, respectivamente, para atrair apoios. O pré-candidato a governador apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro disse que Neto e Jerônimo são o seis e a meia dúzia e que a política de ambos é calcada “no toma lá, dá cá, no empreguismo e na perseguição”.
“As pessoas não conseguem ver que a política está mudando”, disse Roma na entrevista aos jornalistas Cíntia Kelly e Igor Guimarães. O pré-candidato citou, entretanto, o exemplo do presidente Jair Bolsonaro em 2018. “Ele me disse: ‘Roma, eu tinha sete segundos de TV'”, recordou o ex-ministro da Cidadania, que pontuou: “ainda tem muita água para passar debaixo dessa ponte”.
Roma ainda contou aos ouvintes da CBN que passou a sofrer perseguição do ex-prefeito de Salvador após aceitar ser ministro da Cidadania. Muitos aliados a Roma passaram a sofrer ameaças com perda de contratos e cargos. “Arquei com as consequências [de aceitar o Ministério]. Ajudei milhões de brasileiros e fiz o que era necessário fazer naquele momento”, destacou.