O rendimento real habitual recebido pelos trabalhadores brasileiros foi de R$ 2.613 no trimestre encerrado em maio, segundo dados revelados nesta quinta-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Apesar de apresentar estabilidade na comparação com os três meses anteriores, quando o rendimento médio recebido foi de R$ 2.569, o valor corresponde a uma queda de 7,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
Para Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), a queda do rendimento anual é puxada, inclusive, pelos segmentos da ocupação formais, como o setor público e o empregador. “Até mesmo entre os trabalhadores formalizados há um processo de retração”, afirma ela.
Segundo a pesquisadora, o movimento pode ser efeito da própria inflação, mas também da estrutura de rendimento atual dos trabalhadores, com um peso maior de trabalhadores com rendimentos menores.
Mesmo com a redução das remunerações médias, a massa de rendimento real habitual (R$ 249,8 bilhões) cresceu 3,2% em relação ao trimestre anterior e 3% na comparação anual, o que pode ser justificado pelo aumento no número de pessoas dentro do mercado de trabalho.