O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), articula uma manobra para manter o controle do orçamento secreto no ano que vem, independentemente de quem ganhar as eleições presidenciais, diz o Estadão.
Planejada pelo Centrão em eventual vitória de Lula, a estratégia envolve o manejo de um valor estimado de R$ 19 bilhões em emendas de relator.
“A cúpula da Câmara se movimenta para embutir na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023 ou em resolução do Congresso uma regra que obriga o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e o relator da LDO a assinarem as indicações das emendas do orçamento secreto. Hoje, apenas o relator-geral do Orçamento tem essa função”, escreve o jornal.
Aliado de Lula, o senador Marcelo Castro estará à frente do Orçamento no ano que vem. Já o presidente da CMO, deputado Celso Sabino, é próximo ao Planalto.
“O senador Marcos Do Val (Podemos-ES), relator da LDO, tem perfil governista e foi convencido de que as novas regras darão transparência ao processo, alvo do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal de Contas da União (TCU)”, diz o Estadão