Conforme o jornal *CORREIO, após o governador Rui Costa (PT) adicionar a Nova Rodoviária no pacote de promessas feitas em homenagem aos 473 anos da capital, há dois meses, o projeto permanece, ao lado da Ponte Salvador-Itaparica e do VLT do Subúrbio, na lista das ‘obras de papel’ anunciadas com pompa pelo petista. Em 29 de março, data do aniversário da cidade, Rui convocou a imprensa para apresentar investimentos nas áreas de mobilidade urbana, infraestrutura viária e saneamento, conforme lembrou a coluna Satélite. A agenda incluía ainda, de acordo com publicação, visita para inspecionar a construção do terminal rodoviário, em Águas Claras, embora não exista qualquer parede erguida no local escolhido para abrigar o espaço, um terreno de 127 mil metros quadrados pelo qual o governo pagou R$ 60 milhões em 2019.
Ainda segundo a publicação, mesmo com ordem de serviço assinada desde novembro de 2020, a Nova Rodoviária de Salvador está longe de se tornar realidade. Muito menos de ser concluída até o fim deste ano, como foi garantido pelo governador, ao autorizar o início das obras que jamais começaram.
Para tirar o projeto da prancheta, o governo do estado precisará antes resolver um grande pepino com o consórcio que venceu a licitação para erguer e operar o terminal, formado pela construtora Andrade Mendonça e pela Sinart. Segundo publicou a coluna Satélite, a empreiteira desistiu subitamente do negócio. Como a principal expertise da Sinart é gerir rodoviárias, incluindo a de Salvador, caberia à Andrade Mendonça construir o equipamento. Diante da lacuna, os esforços foram concentrados na busca por outro parceiro com know-how em construção civil.
Quase três semanas após assegurar o avanço da obra como parte dos presentes pelo aniversário da capital, o governo do estado encaminhou à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) um pedido para que a Casa autorize o Executivo a contrair empréstimo de R$ 100 milhões junto à Caixa, com objetivo de investir no sistema de acesso à Nova Rodoviária. Contudo, em março do ano passado, a AL-BA já havia autorizado o governo a captar R$ 1,5 bilhão com o Banco do Brasil, sob a justificativa de investir em infraestrutura de transportes e mobilidade urbana, com destaque para o futuro terminal.