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O experiente senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), de 73 anos, está diante de uma decisão que deve definir sua atuação pública. Ou se aposenta da política, ou concorre a vice-presidente em uma chapa presidencial encabeçada por Simone Tebet (MDB-MS).
No que depender de sua família, o ex-governador do Ceará, por três mandatos, e senador por dois, deixa a vida pública assim que se encerrar o seu mandato, em fevereiro de 2023. Há alguns dias, conforme seus interlocutores, ele “estava pronto para ir para casa”. O que pode mudar sua decisão foi a possibilidade de se coligar com Tebet.
A reportagem apurou que a família de Tasso conversou com o senador para que ele pare de disputar eleições. Ainda, que o próprio Tasso não está mais tão feliz com o ambiente político do Senado. Porém, com a pré-candidatura de Tebet, ele está disposto a rever seus planos para o futuro.
Um interlocutor de Tasso avaliou na CNN, que a família dele não chegaria a ser um empecilho por respeitar as decisões do senador, apesar da vontade de que se aposente da política em Brasília. Nos bastidores, Tebet já declarou que eles têm “a mesma visão de Brasil” e acredita que deve haver uma “construção”.
Não há uma definição de quem será o vice da atual senadora, nem mesmo se o PSDB definiu se apoiará o nome dela na disputa pelo Palácio do Planalto. Dentro do MDB e em parte do PSDB, há uma expectativa de que acomodações políticas estaduais sejam resolvidas até a semana que vem para ratificar a aliança entre os partidos.
Tasso é um dos senadores mais próximos a Tebet e foi amigo do pai dela no Congresso, o também ex-senador Ramez Tebet, falecido em 2006. Ambos, inclusive, têm raízes libanesas, o que ajuda no vínculo.
No Senado, Tasso e Tebet atuaram juntos em prol da aprovação da reforma da Previdência e do Marco Legal do Saneamento, por exemplo.
Do ponto de vista eleitoral, a avaliação de interlocutores dos senadores é de que Tasso pode agregar à campanha de Tebet por ser nordestino, ter ampla experiência política como governador do Ceará e, principalmente, por ser um dos principais empresários do país.
A intenção da cúpula ao redor de Tebet é trazer ainda mais o establishment para junto dela, o que seria facilitado com Tasso ao lado. Ou seja, “agregar lastro de crédito à candidatura”, nas palavras de um interlocutor do senador. A responsável pela parte econômica do plano de governo de Tebet, a economista Elena Landau, é muito próxima de Tasso também.
