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terça-feira 31 de maio de 2022 às 09:35h

Justiça autoriza leilão que pode tirar Eike Batista de um sufoco de quase 10 anos

JUSTIÇA, NOTÍCIAS


A sorte de Eike Batista está novamente lançada, escreveu o jornalista Lauro Jardim, em sua coluna no O Globo. Nos próximos 30 dias, o ex-sétimo homem mais rico do mundo tem a chance de deixar conforme a publicação, para trás seus quase dez anos de infortúnio, um tempo que soma desde um período na prisão até a falência de quase todas as suas empresas.

Está sendo lançado nas próximas horas um edital para a venda do último ativo de valor de Eike — as debêntures emitidas pela mineradora Anglo American em 2008, quando a mineradora britânica comprou o complexo Minas-Rio da hoje falida MMX. Estima-se que essas debêntures possam valer até meio bilhão de dólares. O lance mínimo do certame será de US$ 371 milhões.

A juíza Claudia Batista, da 1ª Vara Empresarial de Minas Gerais, autorizou que o administrador judicial da massa falida da MMX, Bernardo Bicalho, seja o condutor de um leilão para a venda das debêntures.

O banco BR Partners foi o escolhido para arranjar interessados no ativo. E terá 30 dias para concluir o processo.

Por enquanto, há uma proposta na mesa, feita antes de o BR Partners entrar na operação de venda. O autor da oferta é o mais do que desconhecido RC Group, sediado em Nova York, mas comandado por um brasileiro, Renato Costa.

O RC Group no início de maio ofereceu US$ 350 milhões pelas debêntures, numa oferta que pôs o mercado financeiro com um pé atrás, dado que ninguém avalia ser possível que Costa levante esse montante — Costa tem em seu currículo uma série ações as quais responde. De qualquer forma, o RC Group terá direito de preferência. Ou seja, por ter já feito uma oferta, poderá cobrir, em 24 horas, o valor proposto por outro interessado.

Se as debêntures forem vendidas por no mínimo esse valor (estima-se que o lance final possa ser razoavelmente superior), Eike Batista sairia do sufoco de quase uma década.

Explica-se: com esse dinheiro, o ex-bilionário levantaria a falência da MMX (que tem um passivo de R$ 750 milhões), pagaria a multa que deve à Justiça por sua delação premiada (R$ 850 milhões) e ainda sairia com um bom troco.

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