Dos 63 deputados estaduais baianos, 51 vão tentar a reeleição, cinco querem ir para Brasília e sete desistiram, registra o jornalista Levi Vasconcelos, no A Tarde. Somando as dificuldades na pandemia, na lei, proibindo as coligações e o ambiente político do momento, diz-se que muita gente que quer continuar deputado na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), vai perder o mandato.
Das urnas de 2018, em que Rui Costa (PT) despontava como franco favorito, resultou um placar muito favorável ao governo na AL-BA: 43 eleitos da base de Rui, contra 17 aliados de ACM Neto (UB), e três nenhum e nem outro, os dois bolsonaristas e Hilton Coelho, que é do PSOL. É consenso conforme publicação: ganhe quem ganhar, a próxima configuração jamais será assim, o que é bom para os deputados, ressaltam eles.
Esse placar começou a ser alterado este ano, com debandada de alguns do governo, incluindo0 o PP de João Leão. Agora, são 33 deputados da base de Rui a 27 deles seguidores de ACM Neto e 3 (dois bolsonaristas e Hilton Coelho). O governo perde os dois terços.
Federação
Ainda conforme Levi Vasconcelos, com o fim das coligações, PT, PV e PCdoB formaram uma federação partidária. Daí resulta que hoje são 14 do PT, quatro do PCdoB e quatro do PV, um total de 40 vagas de candidaturas num bloco em que 22 ou mais da metade é de deputados.
Se o PCdoB em toda eleição estava habituado a sair só, essa federação agora é boa ou ruim? A pergunta aí é para Bobô, deputado estadual do partido.
— Sinceramente, ainda não mensurei vantagens e desvantagens para dizer se foi bom ou ruim. Mas eu acho difícil eleger os 22.
Mas Marquinhos Viana, que trocou o PSB pelo PV, ou voltou ‘pra casa’, como diz , afirma que em disputas eleitorais qualquer cenário é complicado.
— Em qualquer cenário ganha quem tem mais voto. O desafio é esse, ganhar voto.