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sábado 14 de maio de 2022 às 17:15h

‘Democracia será garantida com as urnas eletrônicas’, diz Alexandre de Moraes

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou neste sábado (14) que a Justiça Eleitoral garantirá eleições limpas e transparentes com urnas eletrônicas apesar de ataques de milícias digitais e que quem vencer será diplomado em dezembro.

Moraes é o vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e deverá assumir o comando do tribunal em agosto, ficando responsável pela condução das eleições. O ministro foi um dos convidados a falar no Congresso Brasileiro de Magistrados, realizado em Salvador (BA).

Tenho certeza que o Supremo Tribunal Federal, todos vocês aqui, nós vamos garantir a democracia no Brasil com eleições limpas, transparentes e com urnas eletrônicas. Em 19 de dezembro, quem ganhar vai ser diplomado. E o Poder Judiciário continuará fiscalizando e garantindo a democracia”, disse o ministro.

Moraes afirmou que o Poder Judiciário é hoje o “último obstáculo” que impede “avanços populistas e ditatoriais” e que a Justiça “não pode e nem vai se acovardar perante agressões”. ”

“Cada um de nós, não é só o Supremo Tribunal Federal, não são só os tribunais superiores, cada um de nós, magistradas e magistrados, temos a responsabilidade para garantir que o país continue essa democracia”, disse o ministro.

Relator de investigações que apuram a organização e financiamento de milícias digitais antidemocráticas, Moraes disse que a atuação destes grupos não é descoordenada, e sim algo que vem sendo construído por movimentos populistas em todo o mundo.

“A internet deu voz aos imbecis. Hoje, todo mundo é especialista. A pessoa bota terno, gravata, coloca painel falso de livros atrás e começa a falar desde a guerra da Ucrânia até o preço da gasolina, passando pelo Judiciário e acaba sempre atacando o Supremo”, disse.

Para Moraes, o Judiciário “não pode e não vai abaixar a cabeça” para os ataques.

Joelhos dobrados, jamais

Ontem, o ministro Edson Fachin, presidente do TSE, afirmou no mesmo evento que a Justiça Eleitoral não permitirá “subversões” do processo eleitoral e que é preciso que todos os Poderes aceitem o resultado das urnas em outubro.

“Nenhuma instituição ou autoridade a Constituição permite poderes que são exclusivos da Justiça Eleitoral. Não permitiremos a subversão do processo eleitoral —e digo, com todas as letras, para que não tenham dúvida, para remover a Justiça Eleitoral de suas funções terão que antes remover este presidente da sua presidência. Diálogo sim, joelhos dobrados, jamais”, disse Fachin.

Pesquisa do instituto Quaest, patrocinada pela Genial Investimentos, mostrou ontem que 8 em cada 10 eleitores brasileiros entendem que Bolsonaro (PL) deve aceitar o resultado das urnas caso seja derrotado em outubro.

O mesmo levantamento, porém, indica que o questionamento da integridade das urnas segue presente nos eleitores do presidente. De acordo com a pesquisa, 4 em cada 10 eleitores que consideram o governo Bolsonaro “ótimo” entendem que o presidente não deve aceitar o resultado da eleição caso o resultado lhe seja desfavorável.

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