O quarto Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativo a abril de 2022, com dados sistematizados e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), estimou a produção de cereais, oleaginosas e leguminosas, na Bahia, em 11,16 milhões de toneladas (t), o que representa um crescimento de 6,2% na comparação com a safra 2021 – que foi o maior resultado da série histórica do levantamento para o conjunto de produtos pesquisados.
Em relação ao levantamento do mês anterior, houve uma variação positiva de 0,3 ponto percentual. As áreas plantada e colhida ficaram ambas estimadas em 3,35 milhões de hectares (ha), o que corresponde, nas projeções do IBGE, a uma expansão de 4,5% na comparação anual. Dessa forma, o rendimento médio esperado (3,32 t/ha) da lavoura de grãos no estado é 1,6% superior na mesma base de comparação.
A produção de algodão (caroço e pluma) somou 1,38 milhão de toneladas, expansão de 8,8% em relação a 2021. A área plantada com a fibra (290 mil hectares) supera em 8,3% à do ano passado, demonstrando, assim, uma maior disposição de investimento dos produtores diante da melhoria nas condições de mercado.
Novamente, os dados do IBGE para a safra de soja foram revisados para cima. A lavoura da soja poderá alcançar em torno de 7,1 milhões de toneladas, que corresponde a 4,0% acima do volume produzido em 2021. Dessa forma, a safra da oleaginosa poderá atingir volume recorde pelo terceiro ano consecutivo. A área plantada no estado está projetada em 1,79 milhão de hectares, sendo 5,3% superior ao observado em 2021.
As duas safras anuais do milho podem totalizar 2,75 milhões de toneladas em 2022, o que representa uma expansão de 10,0% na comparação anual. Com relação à área plantada, estimada em 700 mil hectares, o IBGE aponta para uma expansão de 4,5% em relação à do ano passado. A estimativa da primeira safra do cereal ficou em 2,1 milhões de toneladas, 10,5% superior à de 2021. Já o prognóstico para a segunda safra ficou em 650 mil toneladas, com crescimento de 8,3% em relação à colheita do ano anterior.
No ciclo atual, a perspectiva é de que a produção total de feijão alcance 244 mil toneladas, o que representa avanço de 28,9% na comparação com a safra de 2021. O levantamento manteve a estimativa de área de 417 mil hectares plantados, a mesma observada no ano anterior. Estima-se que a 1ª safra da leguminosa (145,6 mil toneladas) seja 41,3% superior à de 2021, bem como a 2ª safra (98,3 mil toneladas) tenha uma variação positiva de 14,1% na mesma base de comparação.
Para a lavoura da cana-de-açúcar, o IBGE estima produção de 5,6 milhões de toneladas, alta de 1,4% em relação à safra 2021. A estimativa da produção do cacau está projetada em 126,5 mil toneladas, o que representa uma queda de 12,8% na comparação com a do ano anterior.
Em relação à produção do café, é esperada uma colheita de 224 mil toneladas este ano, 8,2% acima da observada no ano passado. A safra do tipo arábica está projetada em 89 mil toneladas, com variação anual positiva de 20,3%. Por sua vez, a safra do tipo canéfora ou conilon tem previsão de 135 mil toneladas, alta de 1,5% na mesma base de comparação.
As estimativas para as lavouras de banana (911,3 mil toneladas), laranja (653,5 mil toneladas) e uva (60,8 mil toneladas), por sua vez, registraram, respectivamente, variações de 2,9%, 3,0% e -0,8%, em relação à safra anterior.
O levantamento ainda indica uma produção de 856,3 mil toneladas de mandioca, 0,6% inferior à de 2021. A produção de batata-inglesa, estimada em 354 mil toneladas, apresenta recuo de 8,5%; e a do tomate, estimada em 178 mil toneladas, aponta queda de 14,5% na comparação com o ano passado.