O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a colocar em dúvida a lisura das eleições de outubro, nesta quarta-feira, afirmando que não teme o resultado de um pleito que ocorra de forma “limpa”.
Em evento no Sul do país, onde o presidente tem melhor desempenho eleitoral se comparado a demais regiões do país, e discursando a um público ligado ao agronegócio, mais identificado com suas bandeiras, Bolsonaro bateu novamente na tecla da defesa da liberdade, do direito ilimitado à liberdade de expressão e do cidadão poder se armar. Afirmou, ainda, que o país enfrenta uma ameaça interna de “comunização”.
“Todos têm que jogar dentro das quatro linhas”, disse o presidente na 48ª edição da Expoingá, em Maringá (PR).
“Nós não tememos resultado de eleições limpas. Nós queremos eleições transparentes, como a grande maioria, ou por que não dizer, a totalidade do povo”, afirmou.
Protagonista em embates com a Justiça Eleitoral, Bolsonaro tem questionado, em inúmeras ocasiões, a segurança do atual sistema eleitoral, seja na defesa do voto impresso, tese da qual já desistiu após sofrer uma derrota no Congresso, seja pela sugestão de possibilidades de fraudes na urnas eletrônicas.
Na segunda-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder nas pesquisas eleitorais para o Palácio do Planalto, afirmou que não adiantava “desconfiar de urna”, em recado a Bolsonaro.