A mudança de postura do general Paulo Sergio Nogueira, após assumir o Ministério da Defesa, tem agradado membros do governo, em especial segundo a colunista Bela Megale, o presidente Bolsonaro. Antes considerado um militar com perfil menos beligerante que o de seu antecessor na pasta, Braga Netto, Nogueira passou a surpreender membros da ala política e militar do governo com sua conduta apontada como “mais agressiva” em relação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O general, que foi comandante do Exército antes de migrar para o governo, sempre foi visto como uma pessoa que privilegiava o diálogo e não o confronto. A avaliação no Palácio do Planalto, no entanto, é que ele mudou de estilo. A dúvida no governo, porém, é se o ministro Nogueira manterá a nova roupagem.
Fontes da Defesa relataram à coluna de Bela Megale, que um dos fatores que deixaram o ministro contrariado foi o fato de não conseguir marcar uma agenda com do presidente TSE, Edson Fachin, no início deste mês. Após o ocorrido, o general Nogueira enviou um ofício a Fachin no qual pediu que a corte tornasse públicas as sugestões das Forças Armadas para as eleições de outubro. O ministro atendeu ao pedido, mas não acatou nenhuma recomendação feita pelas Forças no âmbito da Comissão de Transparência Eleitoral do TSE.
Após o impasse, o ministro da Defesa não voltou a pedir uma nova agenda com Fachin.