A Justiça do Rio de Janeiro deu nesta última terça-feira (10) uma nova vitória para o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das rachadinhas supostamente praticadas quando ele era deputado estadual. No âmbito de um inquérito que corre na área cível, três desembargadores da 24ª Câmara negaram por unanimidade um agravo por meio do qual o Ministério Público tentava obter uma nova quebra de sigilo do filho zero um do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus ex-assessores.
Segundo a relatora Isabela Pessanha Chagas escreveu no documento sigiloso consultado pela revista Veja, o MP não apresentou um “argumento novo capaz de alterar a decisão atacada”, ou seja, nada justificava rever sua decisão de dezembro do ano passado, quando manteve o entendimento de uma juíza de primeira instância e não concedeu a nova quebra de sigilo.
O inquérito civil, que poderia gerar uma condenação por improbidade administrativa, virou uma espécie de plano B do MP depois de o caso ser praticamente enterrado na esfera criminal. Apesar de aberto ainda em 2018, ele ficou parado na maior parte do tempo, sendo retomado no ano passado. Para defendê-lo nesse processo, Flávio contratou um advogado especialista em improbidade, Mauro Roberto Gomes de Mattos.
No total, 39 pessoas e empresas estão citadas. A lista inclui gente que ficou fora da ação criminal, como a parentada de Ana Cristina Siqueira Valle, segunda ex-mulher de Bolsonaro, que morava no sul fluminense enquanto supostamente trabalhava no gabinete da Alerj e sacava quase a totalidade de seus salários.