O ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes repudiou o cerco feito ao carro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Campinas, interior de São Paulo, na quinta-feira (5). O episódio gerou polêmica não apenas pelo ato em si, mas pela presença de servidores que fazem a segurança de ex-presidente com armas de grosso calibre.
Ciro, que tem criticado muito Lula na campanha e se afastou totalmente do petista, afirmou que houve tentativa de agressão física a Lula. Segundo ele, é preciso serenidade neste momento.
“Repudio a tentativa de agressão física a Lula, em Campinas, produzida pela militância raivosa e autoritária de Bolsonaro. Eu sei bem o que é isso porque fui atacado por uma corja bolsonarista, em Ribeirão, e por um grupamento radical de prováveis lulistas, na Paulista”, disse Ciro Gomes em suas rede sociais, referindo-se ao confronto que teve com aliados do presidente na Agrishow. Na ocasião, ele chegou a xingar os apoiadores do presidente e empurrar um deles.
“Não surpreende que o clima de ódio, criado pela polarização raivosa e despolitizada que domina o país, comece a gerar estes lamentáveis incidentes. Ainda é hora de refletirmos e cobrarmos serenidade para evitar que o ambiente se torne insustentável”, completou o pedetista sobre o episódio envolvendo o carro de Lula.
Mais cedo, a ex-ministra Marina Silva, que também se distanciou de Lula nos últimos anos, prestou solidariedade ao petista e pediu que as autoridades garantam a segurança dos candidatos.