A reunião da terça-feira (26), entre os caciques do MDB, do PSDB e do União Brasil, mexeu segundo Robson Bonin, da Veja, com as bases da aliança que vinha sendo construída entre as siglas. Pelos critérios apresentados na conversa, diz uma importante liderança do União Brasil, o nome escolhido no dia 18 de maio — data definida pelas siglas para o anúncio da candidatura — só poderia ser o de Simone Tebet. As regras tirariam João Doria da disputa pelo PSDB e reservariam ao União Brasil a vice.
Descontente com os termos lançados na mesa, o União Brasil decidiu de acordo com a revista, desembarcar. “Era um jogo de cartas marcadas. Eles queriam, com esses critérios de candidatura, tirar o Doria do jogo e fazer a Simone a candidata. Para nós, do União Brasil, só existia a posição de vice. A gente só prestava para entrar com dinheiro e tempo de televisão. Se é para ser assim, então vamos sozinhos porque essa discussão de aliança nunca existiu”, disse ao Radar um importante cacique do União Brasil.
Na lógica do partido, se fosse para Luciano Bivar ser vice de alguém, poderia ser até de Ciro Gomes, hoje melhor posicionado nas pesquisas. A sigla, no entanto, quer ter projeto ao Planalto e agora vai debater internamente com a ala do antigo DEM para formalizar uma chapa tendo Bivar na cabeça, com Sergio Moro de vice.