Candidato ao governo da Bahia pelo União Brasil, ACM Neto analisou nesta terça-feira (19), em entrevista à imprensa baiana, os desafios da terceira via nessa construção de uma candidatura presidenciável de centro.
Para o pré-candidato do União Brasil, a possibilidade desse campo seguir unido na disputa ao Planalto é cada vez menor. Os projetos pessoais e até vaidades impedem, na avaliação de Neto, uma composição.
“Hoje, realmente eu não sei se é possível enxergar uma união desses nomes (da terceira via), porque desde o princípio a gente percebeu que os projetos pessoais, as vaidades pessoais, elas estão muito presentes, né? Então, para ter uma alternativa para desfazer a polarização, todo mundo tinha que abrir mão”, diz Neto.
“Todo mundo renuncia às suas candidaturas e escolhe um nome de consenso ou um dos que já estão aí ou um nome novo que pudesse surgir. Eu, pelo que conheço dos bastidores da política, não sou muito otimista em relação a essa perspectiva”, diz.
Neto citou as divisões no MDB, onde uma ala luta por Tebet e outra quer estar com Lula, assim como a briga no PSDB, onde Eduardo Leite tenta virar a mesa depois de ter perdido as prévias para João Doria.
“Não vejo isso tão concreto. Agora, vamos ver, porque ainda tem muita coisa para acontecer até as convenções partidárias que vão ocorrer no final de julho. Na verdade, é difícil você pensar numa candidatura única quando os partidos estão divididos internamente”, segue o ex-prefeito de Salvador.