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Eduardo Leite, governador do RS, pode se filiar ao PSD para se candidatar à Presidência da República — Foto: Maicon Hinrichsen / Palácio Piratini
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segunda-feira 4 de abril de 2022 às 11:21h

Eduardo Leite sinaliza que pode ser vice de Simone Tebet

NOTÍCIAS, POLÍTICA


O ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) sinalizou em entrevista à Rádio Eldorado, na manhã desta segunda-feira (4), que pode integrar a chapa da senadora Simone Tebet (MDB) para a Presidência da República nas eleições de outubro deste ano. Na composição, ele sairia candidato a vice-presidente.

Leite afirmou ter “humildade” para abandonar aspirações pessoais, como a de ser o cabeça de chapa, e compor uma candidatura com viabilidade eleitoral para quebrar a polarização de votos entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual mandatário Jair Bolsonaro (PL).

“Temos de ter um entendimento do nosso papel como lideranças políticas, não apenas buscando ocupar um espaço político concorrendo, mas apoiando eventualmente aqueles que tenham essa capacidade”, destacou, seguindo em elogios à atuação de Tebet.

“Entre outras pessoas, há o nome da senadora Simone Tebet, que tem toda a condição de ser uma liderança nesse projeto. É muito prematuro falar em que posição cada um tem que assumir. Mas a disposição nossa tem que ser construindo, apoiando, disputando na chapa como vice-presidente, se for o caso”, disse Leite.

O gaúcho frisou que Tebet tem condições de liderar o projeto da chamada terceira via e ressaltou que as conversas para uma eventual união em chapa serão feitas em “momento apropriado”.

“Tudo tem de ser muito conversado para viabilizar aquilo que tenho mais capacidade eleitoral. Tenho muito respeito pelo mandato da senadora, e sua aspiração legítima de se apresentar como candidata. Ainda não avançamos em conversas nessa direção, mas haverá o momento apropriado”.

Leite perdeu as prévias do PSDB para o ex-governador de São Paulo, João Doria, que foi oficializado como pré-candidato tucano ao Palácio do Planalto. Ele afirmou que a convenção partidária, a ser realizada entre julho e agosto, é mais importante do que a eleição interna já realizada.

“O PSDB reconhece a legitimidade das prévias, mas sabe também que vai precisar estar atento à competitividade das candidaturas”, frisou, relacionando o desempenho de Doria nas intenções de voto e a rejeição do paulista.

Sem esconder o anseio pela disputa nacional, Leite ensaiou ir para o PSD para viabilizar o plano eleitoral, mas recuou após ser convencido por dirigentes do PSDB.

Ao renunciar ao governo do Rio Grande do Sul, ele anunciou que se colocaria como uma opção do partido para ser o candidato a presidente, provocando reação de Doria contra movimentos de “golpe” à decisão das prévias.

Ainda na entrevista, Leite disse que o PSD não foi o único partido a convidá-lo para integrar a disputa presidencial. “Se eu quisesse mesmo ser candidato, tinha mais opções que o PSD. Eu tinha opções para uma candidatura, e mesmo assim não fui atrás desses caminhos mais fáceis”, disparou.

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