Ex-ministro foi condenado a 14 anos e 10 meses de prisão por lavagem de dinheiro no caso dos R$ 51 milhões encontrados pela PF em um apartamento em Salvador.
Fora da cena política há pelo menos cinco anos, Geddel Vieira Lima (MDB) ressurgiu nesta quarta-feira ao abençoar o apoio da legenda ao pré-candidato do PT na Bahia, Jerônimo Rodrigues — o emedebista Geraldo Júnior, presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, terá a vice na chapa do petista.
Também participaram do encontro na sede do MDB baiano os senadores Otto Alencar (PSD) e Jaques Wagner (PT). Ambos foram cotados para disputar o governo, mas decidiram seguir no Congresso — Otto tentará a reeleição e Jaques permanece no mandato até 2027.
O enlace com o MDB é considerado uma ofensiva do PT, que, após deslize de Wagner, perdeu o apoio do PP — um de seus principais aliados e partido do vice do atual governador Rui Costa. Em entrevista a uma rádio há duas semanas, o senador petista declarou que Rui Costa permaneceria no mandato até o final, o que irritou o vice João Leão, que acabou declarando apoio à candidatura de ACM Neto.
Durante o ato desta quarta, a palavra foi dada a Geraldo Júnior, que antes de começar a fala perguntou:
“Geddel tá aí, não?”.
Diante da negativa, ele comentou que o correligionário estava “escondido” e pediu que Geddel fosse chamado. Foi informado, então, que ele havia saído.
O ex-ministro foi condenado a 14 anos e dez meses de prisão por lavagem de dinheiro no caso dos R$ 51 milhões encontrados pela PF em caixas e malas dentro de um apartamento em Salvador.