Boa parte dos ministros de Jair Bolsonaro (PL) consideram que a saída de Milton Ribeiro da pasta da Educação seria o melhor caminho para o governo. A avaliação feita segundo Bela Megale, por quatro ministros à coluna que integram tanto a ala militar quando a política, no entanto, é que o ideal seria que o próprio Ribeiro pedisse demissão.
Uma das opções apontadas por esses ministros é que o chefe do MEC aproveite a onda de nomes que vão deixar o governo para concorrer nas eleições até 2 de abril e saia nessa leva para ser candidato. Mas esse plano ainda não está no cenário
Ribeiro já mostrou conforme publicação, que não tem intenção de deixar o cargo. Em entrevista à CNN nesta quinta-feira, ele disse ainda que Bolsonaro lhe telefonou para dizer que ele permanece à frente do MEC. O senador Flávio Bolsonaro também defendeu que o ministro fique. Ele ainda conta com o apoio da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
A avaliação de membros do governo é que, com o avanço das investigações na Corregedoria-Geral da União (CGU), no Tribunal de Contas da União e na Procuradoria-Geral da União (PGR) sobre o lobby de pastores junto à pasta da Educação, a permanência de Ribeiro trará desgastes constantes a Bolsonaro e reforçará discursos de adversários sobre corrupção no governo. Por outro lado, esses ministros avaliam que o ideal seria o pedido partir de Ribeiro, pois assim o presidente não assumiria publicamente o ônus de concordar que existe suspeita de desvios envolvendo o MEC.
Eles avaliam que se o assunto não esfriar, a saída de Milton Ribeiro é inevitável.