O presidente eleito Jair Bolsonaro virou assistente de acusação no processo contra Adélio Bispo de Oliveira, que tentou matá-lo. Isso significa que ele poderá ter acesso ao processo, incluindo informações sigilosas, como quebras de sigilos telefônicos, bancários e de dados.
Como explica o ‘Extra’, o pedido foi feito pelos advogados de Bolsonaro, e aceito pelo juiz Bruno Salvino, da 3ª Vara Federal Criminal de Juiz de Fora, em Minas Gerais, no dia 31 de outubro. Mas a informação só foi divulgada nesta quinta-feira (6).
Adélio foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por “atentado pessoal por inconformismo político”, conforme o artigo 20 da Lei de Segurança Nacional. Ele cometeu um ataque a faca contra o então candidato à Presidência, em 6 de setembro deste ano, durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O agressor está preso desde então.
Bolsonaro ficou internado por semanas. A princípio, ele foi atendido na Santa Casa de Juiz de Fora. Um dia depois, ele foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde passou por uma cirurgia no intestino, atingido pela facada.
O processo de Adélio está suspenso desde o dia 24 de outubro, após o juiz Bruno Salvino determinar que o acusado fosse submetido a exames médicos para analisar se tinha capacidade mental de compreender o caráter ilícito do crime que cometeu Adélio foi avaliado no presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, na última terça-feira (4). Dois psiquiatras selecionados pela Justiça Federal de Juiz de Fora vão dizer se ele tem alguma doença mental que justifique o seu ato.