O governador afastado do Tocantins, Mauro Carlesse (União Brasil), renunciou ao cargo nesta sexta-feira (11), em meio à votação do processo de seu impeachment na Assembleia Legislativa do estado.
Ele apresentou uma carta de renúncia por meio do advogado Juvenal Klayber, afirmando que irá “apresentar de forma tranquila e serena sua defesa junto ao Poder Judiciário em relação às injustas e inverídicas acusações que lhe foram imputadas”.
Carlesse era acusado de ter cometido quatro crimes de responsabilidade por meio de interferência na Polícia Civil, propina no Plano de Assistência à Saúde dos Servidores e ilegalidades nas eleições municipais de 2020.
Os supostos crimes envolveriam remoção de delegados de polícia sem fundamentação, movimentações de verbas públicas por parentes do governador, cessão de servidores públicos para atuar em campanhas municipais de aliados e distribuição de cestas básicas sem critérios objetivos em ano eleitoral.
A defesa de Mauro Carlesse alega que as acusações são feitas sem provas e movidas por “interesses eleitoreiros”.
O governador tocantinense já tinha sido afastado do cargo por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em outubro de 2021. Investigações da Polícia Federal apontam que Carlesse participou de esquemas de recebimento de propina e de interferências na Polícia Civil do estado.
Com a saída definitiva de Mauro Carlesse, quem assume o governo do Tocantins é seu vice, Wanderlei Barbosa (Sem Partido). Ele estava de relações rompidas com o antigo titular.