Ao mesmo tempo em que critica a guerra, dizendo-se contra “qualquer invasão de um país a outro”, Lula evita apontar responsabilidade para aquele que, neste momento, ataca e invade outro país, o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Pesam, na sua avaliação segundo Nonato Viegas, no Bastidor, as “excelentes” relações com Putin. Lula sempre lembra que, com o russo, fundou o Brics, e vê nele “um grande parceiro”. Com a perspectiva de voltar ao Palácio do Planalto, ele espera retomar a boa relação que construiu ao longo de seus anos na Presidência da República.
A orientação do ex-presidente a seus aliados é sempre defender a paz, o entendimento internacional, o diálogo, mas sem apontar para seu aliado como culpado.
A proximidade é tanta entre Lula e o presidente russo que, segundo a publicação, o petista tentou ao longo do ano passado uma viagem a Moscou para encontrar Vladimir Putin, que alegou não ter agenda para recebê-lo.
A crença no PT, porém, é que Putin evitou receber o petista, candidato a presidente, para não melindrar o presidente Jair Bolsonaro, que tentará a reeleição.
“Somente alguém com ódio a Jair Bolsonaro, como Emmanuel Macron [presidente da França], poderia recebê-lo com honras de chefe de estado na Europa em clara afronta ao presidente em exercício e com possibilidade de se manter no cargo”, diz um petista.