O filho do policial civil estava em um restaurante com um amigo, quando percebeu que os policiais passaram várias vezes em frente ao local e apontavam em sua direção
Um policial civil foi baleado e morto por um policial militar na madrugada da última segunda-feira (28). O crime ocorreu após uma discussão entre os agentes de segurança em frente à Delegacia Sede de Guarujá, no litoral paulista.
No registro da ocorrência foram apresentadas duas versões. O caso é investigado pela Polícia Civil.
Versão dos PMs
O relato dos policiais militares detalha que eles estavam em patrulhamento quando foram informados de um suspeito armado em uma praça. Ao passar pelo local, os PMs disseram que o homem teria feitos gestos obscenos para eles.
O suspeito, de 23 anos, foi abordado pelos policiais e apresentou resistência. Os policiais chegaram a pedir apoio para poder imobilizá-lo. Na sequência, o motoboy foi conduzido até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para receber atendimento por conta de escoriações. Após o socorro, o homem foi levado à Delegacia Sede.
Na delegacia, Eduardo Antonio Brazzolin, de 65 anos, pai de um amigo do motoboy detido, começou a discutir com os policiais militares e atingiu com um tiro o ombro de um deles. Houve o revide e o policial civil foi atingido e morto.
Outra versão
A segunda narrativa conta que o filho, de 21 anos, do policial civil estava em um restaurante com um amigo, quando percebeu que os policiais passaram várias vezes em frente ao local e apontavam em sua direção. Foi nesse momento que ambos saíram do estabelecimento e foram indagar os militares.
A dupla de amigos foi abordada e, quando os agentes tomaram conhecimento de quem um dos jovens era filho, houve ameaça de morte contra o policial civil.
O outro jovem foi levado para a delegacia, enquanto o filho do policial civil foi para casa e contou para o pai o que tinha acontecido. Nesse momento, o agente e o filho foram até a delegacia para procurar pelo jovem motoboy.
Ao encontrar o jovem dentro da viatura, o policial civil iniciou uma discussão com os policiais militares. Os ânimos se exaltaram e o membro da PC precisou ser imobilizado. Na sequência, um PM efetuou seis disparos contra o agente e o matou.
Caso sob investigação
As imagens do circuito de segurança da delegacia serão analisadas pela Polícia Civil, além das câmeras acopladas aos uniformes dos policiais militares
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que todas as circunstâncias relacionadas aos fatos estão sendo apuradas pela Delegacia Sede de Guarujá, que instaurou um inquérito policial.
A pasta informou ainda que as armas dos policiais envolvidos foram apreendidas e um inquérito foi instaurado pela PM.