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Assembleia Geral da ONU foi convocada de emergência após ataque da Rússia à Ucrânia Foto Foto: Reprodução
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segunda-feira 28 de fevereiro de 2022 às 13:28h

ONU abre sessão de emergência para decidir condenação à Rússia após invasão militar na Ucrânia

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A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) iniciou, nesta segunda-feira (28), em Nova York (EUA), a sessão de emergência com o objetivo de aprovar uma resolução condenando a invasão militar na Ucrânia, ordenada pela Rússia.

A previsão é que sessão dure todo o dia e o resultado seja divulgado apenas na terça-feira (1º), após o voto dos 193 países-membros. Para que o documento seja aprovado, dois terços dos integrantes precisam votar a favor.

Caso seja aprovada, a condenação não será vinculativa, mas terá peso político para a Rússia, isolando o país de forma global. Segundo a ONU, a decisão passa uma forte mensagem sobre a posição da comunidade internacional em relação à guerra.

Na abertura, o presidente da Assembleia, Abdulla shahid, fez um discurso de defesa da paz e pediu um minuto de oração em silêncio. Ele manifestou preocupação com a situação e pediu o cessar fogo imediato para que a situação se resolva com diplomacia e diálogo. Ele acrescentou que a ofensiva da Rússia viola a integridade da Ucrânia.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, frisou que esta é a maior crise humanitária e de refugiados na Europa em décadas e a guerra não é a resposta para conflitos por significar sofrimento e mortes. Ele agradeceu a solidariedade de países vizinhos da Ucrânia que estão acolhendo refugiados e apontou a necessidade de não haver discriminação no momento.

O embaixador da Ucrânia na ONU, Sergiy Kylskysya, relatou as mortes no país, incluindo a de crianças, e criticou a postura do presidente da Rússia, Vladimir Putin. Ele questionou a legitimidade da presença russa nas ações da ONU.

Enquanto o embaixador russo Vasily Nebenzya reagiu à acusação de não respeitar a integridade da Ucrânia, e justificou que a Rússia está exercendo o direito de autodefesa. Ele afirmou que a negociação da Ucrânia para integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o que motivou o conflito, é um risco militar e estratégico e, por isso, a Rússia determinou a ação das tropas militares.

Nebenzya acrescentou que a Rússia não está ameaçando ou atacando civis e que os ucranianos estão divulgando informações falsas sobre a ação militar.

Esta é a primeira vez desde 1982 que o Conselho de Segurança da ONU solicita sessão de emergência da Assembleia Geral, e a 11º convocação extraordinária em toda a história. O pedido foi apresentado pelos Estados Unidos e pela Albânia e aprovado no domingo (27) com o apoio de 11 países, entre eles o Brasil. Houve abstenção da China, Índia e Emirados Árabes, e voto contrário da Rússia, que não pôde usar poder de veto.

Na ocasião, o embaixador brasileiro Ronaldo Costa Filho classificou o ataque russo como “sem precedentes de ameaça à ordem internacional” e defendeu a interrupção imediata das hostilidades, com abertura de diálogo entre as partes envolvidas.

“O mundo não pode arcar com uma situação irreversível, em que ganhos militares sejam considerados como único caminho para a resolução de conflitos entre as partes”, alegou o embaixador.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que o Brasil irá manter a neutralidade, sem emitir condenação à Rússia, como foi cobrado por líderes diplomáticos. “Nós não podemos interferir. Nós queremos a paz, mas não podemos trazer consequências para cá”, acrescentando ser “exagero falar em massacre” dos russos contra ucranianos.

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