A segurança pessoal do ex-presidente Lula e de sua mulher, Rosângela da Silva, a “Janja”, pesou na sua decisão de mudar de São Bernardo do Campo para São Paulo.
De acordo com interlocutores petistas ao Bastidor, o ex-presidente vinha manifestando há algum tempo a preocupação com a própria segurança e com a da sua família.
Em novembro do ano passado, o Bastidor informou que o petista havia confidenciado a mais de um aliado o medo de sofrer algum atentado em ato “transloucado” de algum apoiador do presidente Jair Bolsonaro, que defende a ampliação do acesso a armas e sugere seu uso até para fins políticos.
À época, Lula havia dito que para um atentado ocorresse bastava “alguém querer fazer um favor” a seu líder, chegando citar o caso de Gregório Fortunato, segurança e motorista de Getúlio Vargas, que, acreditando agradar o chefe, organizou um atentado contra o opositor Carlos Lacerda.
Auxiliares e aliados concordaram sobre o risco e incentivaram o ex-presidente a deixar o ABC Paulista. A possibilidade de morar na Bahia também teria sido descartada, pois ficaria longe de SP, mas alguns adversários, afirmam que ele não foi porque o estado estaria em primeiro lugar entre os com mais mortes violentas.