As autoridades ucranianas confirmaram, no início da tarde de quinta-feira (24), que a região de Chernobyl foi tomada pela Rússia durante os ataques simultâneos comandados por Vladimir Putin a cidades da Ucrânia.
Em 26 de abril de 1986, a área de Chernobyl foi palco do maior acidente nuclear da história, quando um reator explodiu durante um teste de segurança na usina, liberando 200 toneladas de material radioativo na atmosfera. Na época, as autoridades tentaram encobrir o acidente. O desastre e sua repercussão foram fatores cruciais no processo de desmantelamento da União Soviética.
A região em que se encontra a usina é conhecida como Zona de Exclusão de Chernobyl, e é ponto de atenção pelas seguintes razões:
Está localizada na rota do norte, a mais curta da Rússia para a capital da Ucrânia;
Se a artilharia do conflito atingir as imediações, há risco de acontecer outro desastre ecológico, segundo alerta do conselheiro do Ministério de Assuntos Internos da Ucrânia.
Segundo o assessor da presidência da Ucrânia Mykhailo Podolyak, a tomada de Chernobyl é uma das ameaças mais sérias na Europa hoje.
Já Anton Gerashchenko, conselheiro do Ministério de Assuntos Interno ucraniano, alertou, via Twitter:
“Se a artilharia dos invasores atingir e danificar os coletores de resíduo nuclear, poeira radioativa pode se espalhar por todo o território da Ucrânia, Belarus e países da União Europeia”, disse Gerashchenko