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quinta-feira 24 de fevereiro de 2022 às 16:43h

Parcerias de investimentos no Brasil impulsionarão projetos de R$ 1,3 trilhão em 30 anos

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Óleo e gás, transporte e energia elétrica lideram novas ações, mostra Secretaria de Política Econômica
Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia (ME) estima que os investimentos dos projetos da carteira do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) somarão R$ 78 bilhões somente em 2022  montante equivalente a cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB). O valor sobe a R$ 360 bilhões até 2025 e a estimativa total de investimentos via PPI, considerando contratações já feitas entre 2019 e 2022, passa de R$ 1,3 trilhão ao longo de 30 anos.

Na Nota Informativa “Investimentos contratados via parcerias público-privadas viabilizam crescimento do PIB”, divulgada na quarta-feira (23/02), a SPE utiliza dados compilados pelo Conselho do PPI (CPPI) e agrega projetos e respectivos valores de investimentos para, então, estimar a distribuição dos projetos durante os próximos anos. A distribuição foi realizada a partir de estimativas setoriais, com a aplicação da média das projeções para os segmentos sobre os quais não havia essa informação ou quando o dado estava incompleto.

Segundo as projeções da SPE, o impacto da variação do PPI esperado em 2022 representa um aumento de 2,3% na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) e 0,4% a mais do PIB em relação aos valores estimados para 2021, que ficaram na casa dos R$ 40 bilhões.

Na avaliação setorial, a SPE ressalta que cinco setores são responsáveis pela quase totalidade dos investimentos programados no PPI: óleo e gás (49,9% do total); transporte (32,9%); energia elétrica (7,2%); projetos de entes subnacionais (5,5%); e comunicação (3,2%).

1 Capital Expenditure = despesas de capital

2 Outros: Mineração, Segurança, Economia e Saúde.

Fonte: PPI/ME. Elaboração: SPE/ME

Entre os projetos dos estados e municípios (entes subnacionais), o destaque está nos projetos de saneamento, alavancados pelo novo marco do setor, aprovado em 2021. Do montante previsto, 81% destinam-se a projetos integrados de redes de distribuição de água e estações de tratamento de esgoto e outros 12% serão voltados a projetos de esgotamento sanitário.

Esse aumento na contratação de investimentos tem por base a modernização dos marcos legais de vários setores da economia, considerando a crescente participação do setor privado nos novos projetos devido ao aumento da segurança jurídica para o investidor. Esses vetores já se materializam em firme expansão da FBCF, com destaque para a produção de bens de capital, que subiu 31% em 2021, voltando ao patamar do início de 2015, com recuperação ante a crise sanitária da Covid-19 e a recessão de 2015/2016.

A Nota Informativa lista, ainda, as principais reformas, as mudanças de marcos regulatórios e demais medidas na área econômica que resultaram em um ambiente favorável à retomada do investimento com base no setor privado. Em outro documento – “Retomada da poupança e do investimento privado: uma comparação internacional”  a SPE mostra que o Brasil tem melhorado sua posição relativa referente à taxa de poupança e de investimento no contexto mundial.

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