O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal métrica da inflação brasileira, subiu 0,54% em janeiro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA segue em dois dígitos, acumulando 10,38%. Em 2021, a alta foi de 10,06%, um dos piores resultados de inflação anual desde a criação do Plano Real.
Para Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, esta alta de preços vai parar e entrará em queda nos próximos meses. “A inflação começará a acelerar queda entre abril e maio”, disse o banqueiro central durante o CEO Conference, evento do BTG Pactual que teve início nesta terça-feira (22)
Apesar disso, Campos Neto acredita que a inflação continuará em patamares mais elevados até o meio do ano que vem, acompanhando o cenário internacional. Ele citou o caso dos Estados Unidos, que registrou 7% de inflação em 2021, a mais alta desde 1982.
Para a expectativa nos próximos meses, como já informado pelo Comitê de Política Monetária (Copom), a tendência é de alta na taxa Selic para controlar a subida de preços. Na última alteração, o comitê elevou a taxa básica de juros da economia de 9,25% para 10,75%. O Boletim Focus, divulgado na semana passada, prevê uma Selic de 12,25% no fim deste ano.
Durante o CEO Conference, Campos Neto ainda disse que o PIX mudou a maneira como o brasileiro se relaciona com o sistema bancário. Na expectativa do Banco Central, o modelo deveria substituir o TED e o DOC, mas o resultado foi outro. “O PIX foi um modelo de inclusão bancária”, afirmou o presidente do BC.