A entrada de um partido de extrema direita em um Parlamento regional pela primeira vez na Espanha desde o retorno da democracia após a morte de Francisco Franco, em 1975, agitou o cenário político do país.
Primeiro teste eleitoral desde a chegada ao poder do socialista Pedro Sánchez em junho, as eleições antecipadas na Andaluzia, região mais populosa da Espanha e tradicional reduto socialista, provocaram no domingo “um terremoto que modifica o panorama político nacional”, estimou em seu editorial o jornal El País.
Em 2019 haverá eleições municipais, regionais e europeias, e provavelmente legislativas nacionais.
Primeiro teste eleitoral desde a chegada ao poder do socialista Pedro Sánchez em junho, as eleições antecipadas na Andaluzia, região mais populosa da Espanha e tradicional reduto socialista, provocaram no domingo “um terremoto que modifica o panorama político nacional”, estimou em seu editorial o jornal El País.
Em 2019 haverá eleições municipais, regionais e europeias, e provavelmente legislativas nacionais.
“A Reconquista (em referência à reconquista espanhola sobre os muçulmanos entre os séculos VII e XIV) começa em terras andaluzas e vai se estender para o resto da Espanha”, tuitou a formação direitista.
Subestimado nas pesquisas regionais, Vox poderia obter um assento em legislativas nacionais antecipadas.
Se entrar no Parlamento em Madri, será a primeira vez que a extrema direita terá representação desde 1982.
Além de seus argumentos populistas, sobretudo de rejeição à imigração, o voto a favor do Vox, que promove a ilegalização dos partidos separatistas catalães, se nutriu da tentativa de independência da Catalunha há um ano. Uma questão que também alavancou o Cidadãos, que obteve 21 assentos regionais.
“Sabíamos que a crise catalã teria um efeito, e teve o que muitos temiam: a revitalização de um nacionalismo extremo”, explicou Vallespín.
Diferente de outros países europeus onde o adversário da extrema direita “é a Europa e os imigrantes e até as próprias elites políticas, na Espanha o adversário é aquele que não compartilha uma determinada ideia de Espanha, uma ideia bastante franquista de um Espanha unitária”, explicou.
Para o jornal El País, os resultados na Andaluzia “complicam qualquer cálculo nacional (…) para Pedro Sánchez”.