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terça-feira 4 de dezembro de 2018 às 05:46h

Vitória de partido de extrema direita agita política na Espanha

POLÍTICA


A entrada de um partido de extrema direita em um Parlamento regional pela primeira vez na Espanha desde o retorno da democracia após a morte de Francisco Franco, em 1975, agitou o cenário político do país.

Primeiro teste eleitoral desde a chegada ao poder do socialista Pedro Sánchez em junho, as eleições antecipadas na Andaluzia, região mais populosa da Espanha e tradicional reduto socialista, provocaram no domingo “um terremoto que modifica o panorama político nacional”, estimou em seu editorial o jornal El País.

Em 2019 haverá eleições municipais, regionais e europeias, e provavelmente legislativas nacionais.

Primeiro teste eleitoral desde a chegada ao poder do socialista Pedro Sánchez em junho, as eleições antecipadas na Andaluzia, região mais populosa da Espanha e tradicional reduto socialista, provocaram no domingo “um terremoto que modifica o panorama político nacional”, estimou em seu editorial o jornal El País.

Em 2019 haverá eleições municipais, regionais e europeias, e provavelmente legislativas nacionais.

“A Reconquista (em referência à reconquista espanhola sobre os muçulmanos entre os séculos VII e XIV) começa em terras andaluzas e vai se estender para o resto da Espanha”, tuitou a formação direitista.

Subestimado nas pesquisas regionais, Vox poderia obter um assento em legislativas nacionais antecipadas.

Se entrar no Parlamento em Madri, será a primeira vez que a extrema direita terá representação desde 1982.

Além de seus argumentos populistas, sobretudo de rejeição à imigração, o voto a favor do Vox, que promove a ilegalização dos partidos separatistas catalães, se nutriu da tentativa de independência da Catalunha há um ano. Uma questão que também alavancou o Cidadãos, que obteve 21 assentos regionais.

“Sabíamos que a crise catalã teria um efeito, e teve o que muitos temiam: a revitalização de um nacionalismo extremo”, explicou Vallespín.

Diferente de outros países europeus onde o adversário da extrema direita “é a Europa e os imigrantes e até as próprias elites políticas, na Espanha o adversário é aquele que não compartilha uma determinada ideia de Espanha, uma ideia bastante franquista de um Espanha unitária”, explicou.

Para o jornal El País, os resultados na Andaluzia “complicam qualquer cálculo nacional (…) para Pedro Sánchez”.

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