Pré-candidato ao governo de São Paulo, o ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) tentará adotar um discurso pragmático na campanha eleitoral, demarcando certa distância dos excessos da ala ideológica do bolsonarismo.
Uma das primeiras atitudes será rejeitar em sua chapa, seja para a vaga de vice ou ao Senado, expoentes do bolsonarismo radical, como o ex-ministro Abraham Weintraub (Educação) ou a médica Nise Yamaguchi.
Uma possibilidade cada vez mais forte é aliança com a deputada estadual Janaína Paschoal (União Brasil), que tem relação de altos e baixos com o presidente.
O ministro, que deve se filiar ao PL em março e se desincompatibilizar no início de abril, também deverá rejeitar claramente posições negacionistas sobre a vacina.
Aliados dizem que ele terá de ser cuidadoso, para não passar a impressão de que está se afastando demais de Bolsonaro, seu principal padrinho político e maior ativo eleitoral. Nesta quinta-feira (17), o ministro imitou o estilo do chefe ao soltar palavrões num evento em São Paulo.