Um ensinamento deixado para o mundo político após o impeachment de Dilma Rousseff é uma das razões, conforme o colunista Guilherme Amado, no Metrópoles, que afastam Gilberto Kassab, o presidente do PSD, da vice-presidência na chapa de Lula.
Nenhum pré-candidato à Presidência está disposto a ceder o posto para alguém que controle uma bancada e tenha bom trânsito no Congresso. Michel Temer, o vice que sucedeu Dilma, constituiu sem grande dificuldade a maioria capaz de votar o impeachment.
Assim como Temer, Kassab é conhecido por ser um hábil negociador com o Poder Legislativo.
A impressão de que Kassab gostaria de ser vice cresceu entre os petistas que orbitam Lula. O ex-presidente estava convicto, até dias atrás, de que Geraldo Alckmin poderia ser o seu vice via PSD. Acreditava que conseguiria dobrar Kassab e, assim, garantir o apoio do partido a ele já no primeiro turno. Até agora, não teve sucesso.
Mas Kassab foi direto: só topa apoiar Lula já no primeiro turno se o PSD indicar o vice. Não vê em Geraldo Alckmin este nome. O ex-ministro não foi explícito, mas no PT ficou a impressão de que ele se indicaria.