De volta ao Brasil após agenda na Rússia e na Hungria, o presidente Jair Bolsonaro (PL) fará, nesta sexta-feira (18), sobrevoo na cidade de Petrópolis (RJ), atingida por fortes chuvas, que já deixaram mais de cem mortos.
O presidente estará acompanhado do ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional). Depois, Bolsonaro visitará o centro de operações do governo, montado no 32º Batalhão de Infantaria Leve de Montanha, e participará de uma reunião com o prefeito da cidade, Rubens Bomtempo.
A cidade, localizada na região serrana, tem sido atingida por fortes chuvas, que provocaram a morte de mais de cem pessoas. O governador do Rio, Cláudio Castro, avaliou o cenário “como quase situação de guerra” e a Prefeitura de Petrópolis pediu à população que não saia de casa.
Durante agenda na Rússia, Bolsonaro anunciou crédito extraordinário para Petrópolis. O presidente, que lamentou os óbitos, não informou, contudo, qual o valor do crédito.
Bolsonaro embarcou na última segunda-feira (14) na capital federal com destino a Moscou, onde cumpriu agenda até quinta-feira (17), quando partiu para a Hungria. O presidente mudou a rota da volta ao Brasil e pousará no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e não em Brasília, nesta sexta-feira (18). De lá, segue para a área de Petrópolis.
Diante do cenário, a Caixa Econômica Federal também anunciou medidas para ajudar o município. Entre as iniciativas, está a liberação do Saque Calamidade do FGTS para os moradores das regiões afetadas e condições especiais para pagamento de financiamentos habitacionais. Segundo o banco, o valor máximo para retirada é de R$ 6.220.
A cidade de Petrópolis terá mais problemas com o excesso de chuvas pelos próximos cinco dias, como aponta previsão feita pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), que considera muito alta a possibilidade de novas inundações nos rios da região serrana do Rio de Janeiro.
O Cemaden diz que pancadas de chuva fracas ou moderadas levarão problemas à região “em função dos acumulados observados, dos níveis dos rios e córregos dos municípios e dos danos ocasionados ao sistema de drenagem que dificultam o escoamento das águas pluviais”.