Deputados não estão satisfeitos segundo o colunista Igor Gadelha, no Metrópoles, sobre a decisão de Arthur Lira (PP-AL) de deixar para após as eleições a escolha do indicado da Câmara para a vaga no Tribunal de Contas da União (TCU).
O presidente da Câmara está sendo pressionado nos bastidores para que volte atrás em sua decisão de não votar antes de outubro. Candidatos ao cargo alegam dificuldade em ter de se concentrar em suas campanhas de reeleição, e ao mesmo tempo, manter conversas com colegas para tentar emplacar seus nomes.
Caso a escolha do indicado fosse realizada antes de outubro, os deputados derrotados poderiam tratar com maior tranquilidade suas estratégias para reeleição à Câmara. E o nome escolhido poderia abrir mão de concorrer a um novo mandato.
Por outro lado, deputados argumentam que Lira pode esvaziar o número de candidatos caso aguarde para pautar a indicação. Mais do que isso, o atual presidente da Câmara pode utilizar a votação para o TCU como uma espécie de “moeda de troca”, que garanta sua reeleição para o comando da Casa Legislativa em 2023.
Parlamentares ouvidos pela coluna afirmam que na primeira eleição de Lira, no início de 2021, a indicação ao TCU esteve na mesa de negociações para que o atual presidente da Câmara conquistasse o maciço apoio partidário.
Atualmente, cinco deputados se colocam como possíveis indicações ao posto de ministro da Corte de Contas: Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR), Hugo Leal (PSD-RJ), Soraya Santos (PL-RJ), Fábio Ramalho (MDB-MG) e Luis Tibé (Avante-MG).