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terça-feira 15 de fevereiro de 2022 às 06:05h

“PT terá dificuldade de vincular imagem de ACM Neto a Bolsonaro”

NOTÍCIAS, POLÍTICA


O cientista político e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Paulo Fábio Dantas Neto, pondera que não vai ser tão simples para o PT vincular a imagem do ex-prefeito soteropolitano ACM Neto (União Brasil) à do presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ex-prefeito teria a “ficha limpa” por não ter tentado surfar a onda Bolsonaro em 2018. Na época, o candidato apoiado por ele a governador, Zé Ronaldo (DEM), tentou fazer isso e foi confrontado publicamente pelo ex-prefeito.

ACM Neto apoiou Geraldo Alckmin, então no PSDB, que não passou de 2,35% dos votos no Estado. Fernando Haddad ficou em primeiro lugar, com 60%, e Bolsonaro em segundo, com 23%. Na eleição para governador, Rui Costa teve 75,7% dos votos no primeiro turno. “Neto é um político estratégico, não apenas tático e imediatista. Ele pensa sempre mais à frente”, avaliou Dantas, em entrevista ao jornal Valor Econômico.

O ex-prefeito construiu um grande capital político em Salvador, que governou por dois mandatos. Nas eleições passadas, ele emplacou o sucessor Bruno Reis (DEM), que venceu a disputa em primeiro turno com facilidade. “Neto construiu a maior parte da sua trajetória política fora do poder. Ainda que sua primeira eleição para deputado ele tenha se beneficiado pela influência do avô (o governador Antonio Carlos Magalhães), ele conseguiu se desvencilhar da imagem de político oligárquico se associando à juventude”, afirma Dantas.

Favoritismo

Pré-candidato ao governo da Bahia e integrante da ala moderada do PT, o senador Jaques Wagner diz que o nome do ex-governador Geraldo Alckmin como vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não está pacificado dentro do partido, mas defende que o antigo adversário cumpre um requisito essencial ao posto: “ser complementar ao presidente”.

Em meio ao favoritismo indicado pelas pesquisas, o parlamentar afirma que os integrantes do PT devem “botar a sandalinha da humildade” e evitar um clima antecipado de vitória. Para ele, que considera Sergio Moro um adversário mais fácil a ser batido do que o presidente Jair Bolsonaro, em caso de segundo turno, o Centrão, inevitavelmente, será atraído para a base em um eventual governo do PT.

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