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domingo 2 de dezembro de 2018 às 09:04h

Trump e Xi firmam cessar-fogo na guerra comercial entre EUA X China

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China e Estados acordaram, neste sábado, um cessar-fogo em sua guerra comercial, após uma reunião  entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, logo após o fechamento do enconto da cúpula do G-20, em Buenos Aires, na Argentina. O pacto inclui o não aumento as tarifas em 1º de janeiro pelo governo americano.

Trump manterá as tarifas sobre as importações da China, no valor de US$ 200 bilhões, em 10%. O compromisso é não elevar as taxas a 25% “neste momento”, informou um comunicado da Casa Branca.

“A China concordará em comprar uma quantidade ainda não determinada, mas muito importante, de produtos agrícolas, industriais, do setor de energia e outros produtos americanos para reduzir o desequilíbrio comercial entre os dois países”, acrescentou o comunicado. O texto informa ainda que a China começará a comprar produtos agrícolas dos produtores americanos imediatamente.

Os dois líderes também pactuaram iniciar,  imediatamente, conversas sobre mudanças estruturais nas transferências forçadas de tecnologia, proteção da propriedade intelectual, barreiras não-tarifárias, intrusões e roubos cibernéticos, serviços e agricultura, disse a Casa Branca.

Negociações para eliminar tarifas adicionais

As duas potências, segundo o acordo, acertaram que tentarão concluir essa “transação” nos próximos 90 dias. Caso isso não aconteça, as tarifas subirão de 10% para 25%.

O principal diplomata do governo chinês, o conselheiro de estado Wang Yi, disse que as negociações foram conduzidas em uma “atmosfera amigável e sincera”.

“Os presidentes concordaram que os dois lados podem e devem conseguir relações bilaterais adequadas”, disse Wang a repórteres, acrescentando que eles concordaram em mais trocas nos momentos apropriados.

“A discussão sobre questões econômicas e comerciais foi muito positiva e construtiva, e os dois chefes de estado chegaram a um consenso para impedir o aumento mútuo das novas tarifas”, disse Wang.

Segundo Wang, “a discussão sobre questões econômicas e comerciais foi muito positiva e construtiva, e os dois chefes de estado chegaram a um consenso para impedir o aumento mútuo das novas tarifas”. Ele acrescentou que os dois lados vão “intensificar as negociações” para a eliminação total de todas as tarifas adicionais.

“A China está disposta a aumentar as importações de acordo com as necessidades de seu mercado interno e as necessidades das pessoas, incluindo os produtos comercializáveis dos Estados Unidos, para aliviar gradualmente o desequilíbrio no comércio bilateral”, acrescentou o conselheiro.

“Os dois lados concordaram em abrir seus mercados uns aos outros e, enquanto a China está avançando em uma nova rodada de reformas, as preocupações legítimas dos Estados Unidos podem ser resolvidas progressivamente”, acrescentou Wang.

Os anúncios vieram depois que Trump e Xi se reuniram com seus assessores em um jantar de trabalho, no fim de uma reunião de dois dias de líderes mundiais em Buenos Aires, numa tentativaa de neutralizar uma disputa que desconcertou os mercados financeiros globais e afetou a economia mundial.

Depois da reunião de duas horas e meia, o economista-chefe da Casa Branca, Larry Kudlow, disse a repórteres que as negociações foram “muito boas”, mas não ofereceu detalhes quando embarcou no Air Force One e seguiu para Washington com Trump.

O objetivo da China era persuadir Trump a abandonar os planos de elevar as tarifas de US$ 200 bilhões de produtos chineses de 10% para 25% em janeiro. Trump ameaçou fazer isso, e possivelmente acrescentou tarifas sobre US$ 267 bilhões em importações, se não houvesse progresso nas negociações.

Com os Estados Unidos e a China em conflito sobre o comércio, os mercados financeiros passarão para o resultado das negociações, consideradas a reunião mais importante dos líderes das duas potências em anos.

A reunião aconteceu pouco depois de o Grupo das 20 maiores economias do mundo ter apoiado uma revisão da Organização Mundial do Comércio (OMC), que regula as disputas comerciais internacionais, marcando uma vitória para Trump, um firme crítico da organização .

Trump disse a Xi no início da reunião que ele esperava que eles alcançassem “algo grande” no comércio para ambos os países. Foi um sinal positivo quando ele se sentou na frente de Xi, apesar das ameaças anteriores do presidente dos Estados Unidos de impor novas tarifas sobre as importações chinesas já no próximo ano.

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