O grupo de militares ligados ao ministro da Defesa, Walter Braga Netto, entrou conforme a colunista Bela Megale, na guerra dos generais para minar as chances do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, vir a ocupar o posto de vice de Bolsonaro.
Em conversas com interlocutores políticos próximos ao presidente, esse grupo sustenta que Heleno não tem a mesma liderança sobre a tropa que Braga Netto. Afirma ainda que a força do ministro da Defesa junto às Forças Armadas será um alicerce importante para a reeleição. Outro argumento usado é que Heleno já tem idade mais avançada e não teria a disposição necessária ao cargo. Por último, os militares apontam que políticos do centrão ligados a Bolsonaro nunca engoliram as críticas feitas pelo chefe do GSI, que no passado cantou: “Se gritar pega centrão, não fica um, meu irmão”.
Segundo a colunista, aliados de Heleno levaram recentemente a Bolsonaro enquetes feitas em sites conservadores que o apontam como nome favorito para o posto de vice. A atuação mobilizou aliados de Braga Netto para defender o nome do general e minar o colega. O presidente avalia escolher um militar para o posto por acreditar que esse perfil não apoiaria um eventual processo de impeachment movido contra ele e lhe daria mais segurança.
Como a coluna informou, uma ala que inclui o senador Flávio Bolsonaro defende o nome da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para o posto, pois acredita que agregaria mais à candidatura de Bolsonaro.