O presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Geraldo Júnior (MDB) vem avaliando com seus interlocutores a possibilidade de reformar o regimento interno da Casa para viabilizar sua reeleição, e não mais concorrer ao cargo de deputado federal, como estava inicialmente nos seus planos. As informações são do BNews.
Segundo aliados, o principal fator que faz Geraldo desenhar um plano B é a chance de o MDB fechar uma aliança com o senador Jaques Wagner (PT), o que inviabilizaria ele caminhar com ACM Neto (União Brasil), ex-prefeito de Salvador, de quem é aliado e já foi secretário.
Geraldo Júnior chegou a desabafar sobre sua eventual mudança de rumo na reunião do colégio de líderes da última terça-feira (8), sinalizando que baterá o martelo até o dia 4 de março.
O movimento do emedebista também é visto como um recado a ACM Neto e o prefeito Bruno Reis (UB) para que acelerem as tratativas de definição com o partido. Interlocutores consideram que o passe de Geraldo para Brasília abre caminho para Reis emplacar o próximo presidente da Casa.
Em entrevista nesta quarta-feira (9), ACM Neto reforçou a vontade de ter o MDB como sigla aliada na disputa pelo Palácio de Ondina e falou sobre costuras no campo nacional, de uma possível federação, algo que impacta diretamente as articulações baianas.
“Existe uma simpatia nacional com a federação do MDB, mas não adianta ser apenas minha vontade, de Bivar, Baleia ou Geddel. É preciso organizar isso nos Estados. Não é simples. É complexo. O STF decidiu prorrogar o prazo para maio. Eu já conversei com o Baleia sobre o esse tema. É uma coisa fusão provisória. Da minha parte, a boa vontade e o interesse nesse tema é total. Vai conseguir fazer? A Bahia não seria um problema com isso”, disse Neto.