O Instituto Nacional de Reforma Agrária se tornou segundo a coluna Esplanada, uma grande imobiliária urbana até a Resolução nº 4, do fim de janeiro, na qual o órgão doou à Secretaria de Patrimônio da União 80 imóveis em localizações privilegiadas em Brasília.
Na lista encontram-se joias cujo valor de venda pode ultrapassar R$ 400 milhões. São 50 terrenos – 19 no Lago Norte, e 31 no Lago Sul, bairros supervalorizados com suas mansões.
O documento revela parcerias inusitadas, como dois grandes lotes no Setor de Autarquia Sul, cedidos, por cinco anos, para a Justiça Federal usá-los como estacionamento. E uma loja desocupada na Quadra 307 Sul.
Na satélite Taguatinga, existem quatro casas desocupadas, e nas Asas Sul e Norte – a área mais valorizada – nada menos que 18 apartamentos vazios. Há casos que remetem ao inacreditável usucapião: Dois apartamentos ocupados por servidores que se valem de liminares judiciais. E em outros três imóveis, funcionários deixaram para trás a conta de anos do condomínio.
INSS
Consta na planilha de palacianos que o INSS tem bens mal aproveitados para o caixa do Tesouro. A lupa para venda de ativos encontrou curiosidades. No interior, um prefeito se apossou de área do órgão e construiu uma praça. No Rio de Janeiro, o INSS é dono, acredite, de um cemitério. Construído por administração de anos atrás num terreno da União.