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domingo 6 de fevereiro de 2022 às 14:31h

Prefeitura do Rio oferece gestão de quiosque à família do congolês assassinado Moïse Kabagambe

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A prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento, vai oferecer a gestão do quiosque onde o congolês Moïse Kabagambe foi assassinado, na orla da Barra da Tijuca, à família dele.

A decisão foi tomada segundo a Jovem Pan, em comum acordo com a Orla Rio, concessionária que administra os quiosques. Além disso, a gestão municipal prevê a transformação dos quiosques Biruta e Tropicália em um memorial em homenagem à cultura congolesa e africana, com objetivo de promover a integração social e econômica de refugiados africanos e reafirmar o compromisso da cidade com a promoção de oportunidades para todos. A ação será realizada em parceria com a Orla Rio, concessionária que opera os estabelecimentos.

As mudanças previstas incluem uma reformulação da arquitetura dos quiosques para que eles se transformem em um espaço de celebração da cultura do povo africano, tendo ali um ponto de referência com comida típica, música e artesanato. Tanto a concepção quanto a execução do projeto, que inclui um memorial a Moïse, serão realizadas por profissionais negros e com foco na promoção e celebração da cultura africana. O espaço também poderá ser utilizado para exposição de arte e apresentações musicais típicas, além da realização de feiras de artesanato.

Segundo a secretaria, as oportunidades de emprego ligadas aos dois quiosques deverão, também, ser oferecidas a refugiados africanos residentes no Rio. Além disso, em parceria com o Sesc/Senac e com organizações sociais, a Prefeitura e Orla Rio vão criar um programa de treinamento e capacitação para esses imigrantes atuarem no setor de alimentação. “O que aconteceu foi algo brutal, inaceitável e que não é da natureza do Rio. É nosso dever ser uma cidade antirracista, acolhedora e comprometida com a justiça social”, diz o secretário Pedro Paulo. “A transformação do local busca ser uma reparação à família, uma oportunidade de inserção socioeconômica de refugiados, além de um ponto de transmissão da cultura africana. E um memorial em homenagem a Moïse Kabagambe representará naquele espaço público uma lembrança para que não seja fácil esquecer e que jamais se repita a barbárie que o vitimou”.

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