O ex-senador Antonio Anastasia tomou posse, nesta quinta-feira (3), no Tribunal de Contas da União. Ele foi escolhido pelo Senado para exercer o novo cargo, em uma das indicações a que a Casa tem direito para o TCU. O agora ministro assume o lugar de Raimundo Carreiro, que se tornou embaixador do Brasil em Portugal.
O cargo de ministro do TCU é vitalício. Os membros do Tribunal não exercem mandato e se aposentam compulsoriamente aos 75 anos de idade. Depois, recebem aposentadoria pela Corte.
Trajetória
Nascido em Belo Horizonte, Anastasia tem 60 anos de idade e é formado em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde também segundo ao jornal O Tempo, deu aulas até se licenciar, em 2006.
Neste mesmo ano, entrou para a política, quando foi eleito vice-governador de Minas Gerais pelo PSDB no mandato de Aécio Neves. Durante o período, foi secretário de Planejamento e Gestão e de Defesa Social. Assumiu o governo em março de 2010, quando Aécio renunciou para concorrer ao Senado, e foi reeleito para comandar o estado no mesmo ano. Governou Minas Gerais até 2014, quando foi eleito senador.
Em 2016, Anastasia foi relator do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, ao qual deu parecer favorável. Em 2018, concorreu novamente ao cargo de governador, tendo sido derrotado por Romeu Zema.
Em 2020, Antonio Anastasia se desfiliou do PSDB e passou a fazer parte do PSD
Indicações ao TCU
O Tribunal de Contas da União é um órgão de controle externo do governo federal e auxilia o Congresso na função de acompanhar a execução do Orçamento do país.
Dos nove ministros do TCU, três são indicados pelo Senado, três pela Câmara e três pelo Poder Executivo. Das vagas reservadas ao Executivo, uma é destinada para integrantes do Ministério Público que atuam junto ao TCU e uma é para auditores de carreira do tribunal. A terceira vaga é de livre indicação do presidente da República.
Suplente no Senado
No Senado, Antonio Anastasia será substituído pelo primeiro suplente, Alexandre Silveira (PSD-MG), empossado na quarta-feira (2). Silveira foi convidado pelo presidente Jair Bolsonaro para ser o líder do governo na Casa, mas ainda não deu uma resposta oficial.
O convite encontra resistência dentro do PSD, que lançou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD) como pré-candidato ao Planalto. Além disso, o partido vem adotando um discurso de independência, o que seria prejudicado caso um dos quadros assumisse a liderança do governo, como avaliam parlamentares da legenda.