Ocorrido na última terça-feira (1º) o gravíssimo acidente em uma obra do metrô na zona oeste de São Paulo virou segundo a revista Veja, munição de adversários da esquerda e da direita contra o governador de São Paulo, João Doria, cuja gestão é a responsável pelo empreendimento. O desastre teria ocorrido após vazamento em uma tubulação de esgoto, que tornou o solo pesado e provocou um desmoronamento na obra, abrindo um buraco que fechou as pistas local e central da Marginal Tietê, provocando o caos no trânsito já normalmente caótico da cidade.
Doria esteve no local do acidente e disse que a prioridade era liberar as pistas interditadas. Nas redes sociais, ele disse ter determinado apuração do caso e a retomada da obra, que ficou quatro anos parada, o quanto antes.
Nas redes sociais, porém, os adversários usaram o acidente, que não deixou vítimas, para ataques ao tucano. “Incompetência inacreditável”, disse o ex-governador Márcio França (PSB), que perdeu as últimas eleições para Doria.
O ex-secretário de Comunicação do presidente Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten, citou a palavra “gestão”, uma das bandeiras de Doria, e questionou se iriam culpar o governo federal
O pré-candidato ao governo do estado pelo PSOL Guilherme Boulos criticou o fato de a obra ser tocada por uma empresa privada.
O deputado estadual bolsonarista Douglas Garcia (PTB) ironizou o ocorrido dizendo que a obra tinha “o selo PSDB de qualidade” expressão quase igual à usada pela deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL) ao publicar um vídeo sobre o tema “selo PSDB de gestão”.
O deputado federal por São Paulo Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente, também comentou o assunto no Instagram.
Doria estava justamente em uma agenda ligada ao setor ferroviário quando soube do acidente, a entrega da Estação Cidade Jardim da CPTM. Ele teve conhecimento do caso assim que o vazamento foi detectado, por volta das 9 horas da manhã. Imediatamente, determinou que a segurança dos operários e da população geral fosse garantida, enquanto convocava todos os responsáveis envolvidos (entre metrô, Sabesp e a empresa Acciona, que faz a obra) e foi verificar in loco o tamanho do problema. Agora, quer garantias de que não há chance de novos acidentes e que as obras sejam retomadas o mais breve possível.