O PSDB informou nesta quinta-feira (27) que a executiva nacional do partido autorizou, em reunião, abertura do diálogo formal com o Cidadania para possível formação de uma federação partidária, uma das novidades desta eleição.
Diferentemente das coligações — proibidas nas eleições proporcionais já em 2020 —, as federações vão muito além da disputa eleitoral: criam uma “fusão” temporária entre as siglas envolvidas, que precisam permanecer unidas por pelo menos quatro anos. Os partidos têm até 2 de abril para registrar as alianças.
De acordo com comunicado divulgado pelo PSDB, as conversas continuarão sendo conduzidas pelo presidente da legenda, Bruno Araújo, o secretário-geral Beto Pereira e os líderes na Câmara, Adolfo Viana (BA), e no Senado, Izalci Lucas (DF), “com o objetivo de mapear e aparar eventuais arestas regionais”.
“Líderes tucanos defenderam que a decisão final sobre a Federação com o Cidadania seja tomada o quanto antes, para que também se definam mais rapidamente as chapas que vão disputar as eleições estaduais e nacionais”, diz a nota.
Para ser chancelada, a federação precisa segundo o Estadão, ser aprovada pelas executivas e diretórios nacionais das legendas envolvidas. O processo também envolve a elaboração de um programa partidário comum.
O novo instrumento foi aprovado pelo Congresso no ano passado e virou uma alternativa às coligações, que deixaram de existir.
A modalidade é mais rigorosa que a regra anterior porque exige que a união permaneça por no mínimo quatro anos e seja reproduzida também nos estados.