O Banco Central informou nesta quarta-feira (26) que os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram US$ 46,441 bilhões em 2021.
O resultado representa aumento de 22,9% na comparação com 2020, quando os investimentos estrangeiros no Brasil somaram US$ 37,786 bilhões.
“O investimento direto ainda não retomou o patamar pré-pandemia”, observou o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha.
De acordo com ele, o resultado de 2021 se deve ao aumento de ingresso de participação no capital das empresas, quer seja para criar novas empresas, para a compra de companhias brasileiras ou até mesmo para a ampliação da capacidade produtiva das empresas já instaladas no país.
Apesar de o resultado ter sido positivo na comparação com 2020, no mês passado, o BC estimou que os investimentos diretos de estrangeiros no país somariam US$ 52 bilhões., portanto, o resultado ficou abaixo do esperado.
A previsão do BC é que, em 2022, os investimentos cheguem a US$ 55 bilhões.
Em dezembro do ano passado, ainda segundo o BC, os investimentos estrangeiros direto no país ficaram negativos em US$ 3,935 bilhões. Isto é: em dezembro, houve mais retorno do que entrada de recursos.
De acordo com dados oficiais, os investimentos estrangeiros foram suficientes para cobrir o rombo das contas externas no ano passado.
Quando o déficit não é “coberto” pelos investimentos estrangeiros, o país tem de se apoiar em outros fluxos, como ingresso de recursos para aplicações financeiras, ou empréstimos buscados no exterior, para fechar as contas.
“O investimento direto ainda não retomou o patamar pré-pandemia”, observou o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha.
De acordo com ele, o resultado de 2021 se deve ao aumento de ingresso de participação no capital das empresas, quer seja para criar novas empresas, para a compra de companhias brasileiras ou até mesmo para a ampliação da capacidade produtiva das empresas já instaladas no país.
Segundo Rocha, o aumento das remessas de lucros e dividendos no ano passado está relacionado com o aumento da atividade doméstica, e com o subsequente crescimento da lucratividade das empresas que atuam no Brasil.
Contas externas
As contas externas registraram déficit de US$ 28,110 bilhões em todo ano de 2021, de acordo com números do Banco Central.
Isso representa um aumento de 14,8% na comparação com o ano de 2020, quando o resultado negativo somou US$ 24,492 bilhões.
Esse também foi o maior rombo para um ano fechado desde 2019, quando foi registrado um déficit de US$ 65 bilhões.
O resultado de transações correntes, um dos principais do setor externo do país, é formado pela balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), pelos serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e pelas rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior).
O aumento no déficit das contas externas está relacionado principalmente com o aumento das remessas de lucros e dividendos das empresas — que avançaram de US$ 16,823 bilhões, em 2020, para US$ 29,847 bilhões no ano passado. O rombo externo piorou apesar da melhora na balança comercial brasileira.
Segundo Fernando Rocha, do BC, o aumento das remessas de lucros e dividendos no ano passado, está relacionado com o aumento da atividade doméstica, e com o subsequente crescimento da lucratividade das empresas que atuam no Brasil.
Para 2022, a instituição projetou que o déficit em transações correntes somará US$ 21 bilhões.