Pesquisadores do Hospital Universitário de Zurique, na Suíça, descobriram conforme registrou o Poder 360, que níveis baixos de certos anticorpos são mais comuns em pacientes que desenvolveram covid longa –condição em que os sintomas da doença persistem por meses. O estudo foi publicado na revista Nature Communications na última terça-feira (25).
Ao combinar a idade do paciente, um diagnóstico de asma e detalhes sobre os seus sintomas de covid, os médicos observaram uma “assinatura de anticorpos”. Assim, puderam identificar pessoas com maior risco de desenvolver sintomas de covid-19 por um longo período.
Os pesquisadores analisaram os níveis de anticorpos de 175 pacientes com covid-19 e 40 pessoas saudáveis. Entre os pacientes com covid, 134 foram acompanhados por até 1 ano depois da infecção.
Apesar de não ser possível prever o risco de uma pessoa ter covid longa antes de ela ser infectada, pois são necessários detalhes dos seus sintomas, a combinação de baixos níveis de anticorpos específicos com asma pode indicar um risco maior.
“Espera-se que isso melhore o atendimento a pacientes com covid de longa duração, além de motivar grupos de alto risco, como pacientes asmáticos, a serem vacinados e, assim, prevenirem a covid longa”, explicou o médico Carlo Cervia, um dos principais autores do estudo, ao The Guardian.
Embora a covid longa ainda não tenha cura, conseguir identificar pessoas com maior risco pode ajudar os médicos a direcionar o tratamento de forma precoce. Tratamentos com anticorpos, antivirais e anti-inflamatórios reduzem o risco da doença e vacinas podem aliviar os sintomas.
Outra esperança é que a identificação precoce de pacientes com covid longa ajude os médicos a descobrir o que causa a doença em determinadas pessoas.
Segundo especialistas, mais estudos ainda são necessários.