Ciro Nogueira (PP), ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL), aplaudiu conforme o Antagonista, a sugestão do PT de criar uma CPI para investigar a atuação de Sergio Moro (foto) na iniciativa privada. Em grupo de WhatsApp, ele postou a notícia, seguida de um gif de aplausos.
O Antagonista apurou ainda que Arthur Lira (PP) já teria garantido a instalação da comissão, cujas assinaturas serão recolhidas pelo deputado petista Paulo Teixeira.
A ideia da CPI surgiu depois que o TCU não conseguiu acesso à remuneração paga pela Alvarez & Marsal a Moro, durante os 10 meses de consultoria. O tribunal não tem jurisdição sobre contratos privados sem o envolvimento de recursos públicos.
Uma auditoria técnica também derrubou a tese vazajatista de que a atuação de Moro como juiz teria causado prejuízos à Odebrecht, assim como desmontou as acusações sobre práticas de revolving door e lawfare.
O procurador Júlio Marcelo, responsável pelo caso, corroborou a manifestação da área técnica, mas foi atropelado por Lucas Furtado e Bruno Dantas, que atuam em dobradinha.
Diante das limitações e da exposição negativa do TCU, o PT resolveu negociar com o Centrão e o Palácio do Planalto a instalação da CPI, que, segundo informações preliminares, não se limitará ao contrato de Moro com a Alvarez & Marsal.
O objetivo seria usar as acusações do doleiro Rodrigo Tacla Duran para avançar sobre o escritório de advocacia de Rosângela Moro, quebrando o sigilo bancário, telefônico e telemático dela, do sócio Carlos Zucolotto e parceiros.
Querem usar novamente as mensagens roubadas pelos hackers, convocando-os para depor, assim como delatores da Lava Jato. Toda a narrativa sobre supostos abusos será reafirmada. A turma do Prerrogativas estaria dando o apoio jurídico.
A expectativa é encerrar a CPI em quatro meses e encaminhar o caso à PGR, para denunciar Moro e torná-lo réu em seguida. Alguns mais eufóricos sonham com sua prisão.