O presidente Jair Bolsonaro (PL) defende que o Auxílio Brasil passe a ser pago para mais de 20 milhões de famílias nos próximos meses.
O benefício de janeiro começa a ser pago nesta terça-feira (18) para 17 milhões de famílias, zerando a fila do antigo Bolsa Família, conforme havia determinado o Supremo Tribunal Federal (STF).
Assessores de Bolsonaro disseram ao portal g1, que a equipe econômica precisa encontrar recursos para bancar o ingresso de mais de 3 milhões de famílias ao programa criado pelo governo atual. Isso para atender à determinação do Congresso, que mudou as faixas de pobreza e extrema pobreza, o que torna mais 3 milhões de famílias aptas a receber o Auxílio Brasil.
Ao sancionar a lei que criou o Auxílio Brasil, o presidente Jair Bolsonaro vetou o dispositivo que obrigava o governo a manter zerada a fila do programa sob a justificativa de que não havia recursos disponíveis no Orçamento para isso. Agora, assessores estão defendendo que o Ministério da Economia faça remanejamentos orçamentários para subir o número de pessoas atendidas pelo programa social.
Efeito político
Com isso, a equipe presidencial espera que o pagamento do Auxílio Brasil tenha um efeito político mais significativo na imagem de Bolsonaro no ano em que ele vai tentar a reeleição. Além disso, assessores querem neutralizar futuros ataques de adversários do governo, que vão bater no fato de o governo não zerar a fila de famílias aptas a receber o Auxílio Brasil.
O Auxílio Brasil é uma das principais apostas da campanha de Bolsonaro, principalmente visando reduzir a rejeição ao presidente na região Nordeste, amplamente favorável ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na eleição, os estrategistas do presidente vão bater na tecla de ele mais do que dobrou o valor que era pago pelo Bolsa Família, de R$ 189 para no mínimo R$ 400 com o Auxílio Brasil.