A pesquisa “desigualdade mata”, publicada pela organização Oxfam Brasil, apontou que 26 bilionários por hora apareceram no mundo desde o início da pandemia. Por outro lado, entre março de 2020 e novembro de 2021, a renda de 99% das pessoas do planeta caiu.
“A atual estrutura econômica do mundo concentra riqueza, empobrece e mata milhões de pessoas, destrói o planeta e coloca em risco o futuro da existência humana no planeta. Queremos uma economia centrada na igualdade, em que ninguém precise viver na pobreza extrema e ter apenas que sobreviver. Todas e todos têm o direito de ter oportunidades para prosperar e ter uma vida mais digna”, aponta o texto no site da Oxfam.
Os dez homens mais ricos do mundo dobraram a sua concentração de renda de US$ 700 bilhões (R$ 3,87 trilhões) para US$ 1,5 trilhão (R$ 8,3 trilhões) nesse período enquanto mais de 160 milhões de pessoas entraram na linha da pobreza no mundo inteiro.
Só o rendimento da fortuna de Jeff Bezos durante esse período daria para financiar vacinas para que todos no mundo fossem vacinados, apontou o estudo.
Outras instituições como o FMI, o Banco Mundial , o Credit Suisse e o Fórum Econômico Mundial também estimaram que a pandemia desencadeou um aumento da desigualdade econômica no mundo.
Entre outras informações, o estudo da Oxfam aponta que os 10 homens mais ricos do mundo tem seis vezes a riqueza dos 3,1 bilhões mais pobres. No Brasil, os 20 mais ricos possuem a renda de 60% da população. Falando sobre o impacto no meio ambiente, o relatório aponta que o 1% mais rico do mundo emite mais que o dobro de CO2 dos 50% mais pobres.
O estudo foi lançado neste começo de ano para ser debatido durante o Fórum Econômico de Davos, que se iniciaria nesta segunda (17). Mas ele foi adiado no final do ano passado por conta do avanço da variante ômicron e deve acontecer no mês de junho.