A briga dos servidores federais por aumentos salariais está virando uma queda de braço. De um lado, a equipe econômica quer vetar qualquer reajuste por falta de recursos e, de outro, está o presidente Jair Bolsonaro, que chegou a anunciar que iria conceder reajuste aos policiais federais.
A promessa acabou gerando protesto de outras categorias, que não serão beneficiadas ou que tiveram até um corte de orçamento, como no caso da Receita Federal.
Os servidores da receita federal puxaram o bonde, sendo os primeiros a se mobilizar até o momento.
Na quarta-feira, 1.288 servidores da Receita entregaram seus cargos de chefia em protesto. O número é mais da metade de todos os cargos de chefia do setor, que chegam a 2.000. Esses funcionários continuam sendo servidores, recebendo salários, mas abriram mão da comissão destinada aos cargos de chefia.
Agora, outras categorias também começaram a se mobilizar. Segundo o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), que representa os funcionários públicos federais, cerca de 19 categorias devem aderir à paralisação prevista para o dia 18.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, vai se reunir com o presidente do Sindifisco, que representa os servidores da Receita, nesta quinta-feira (13), para tratar do assunto.