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quarta-feira 5 de janeiro de 2022 às 11:19h

Bolsonaro terceirizou Estado da Bahia a ministros que podem ser candidatos na eleição

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Criticado por tirar férias enquanto o Sul da Bahia estava embaixo d’água, Jair Bolsonaro (PL) tem repetido segundo a coluna de Leonardo Sakamoto, no UOL, que só enviou assessores para representá-lo na região. Ironicamente, o presidente que só pensa nas eleições designou ministros que são apontados como possíveis pré-candidatos de seu governo a cargos públicos em outubro.

O exemplo mais claro é o do ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), que admitiu, no mês passado, ter a pretensão de se candidatar ao governo da Bahia.

Em meio à tragédia trazida pelas chuvas, Roma tem capitalizado com a promessa de liberação de recursos e apoio do governo federal em entrevistas a veículos de comunicação do estado. Teria uma pedreira pela frente, pois disputaria com ACM Neto (União Brasil) e Jaques Wagner (PT).

Outro deslocado para a região foi o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PL). O presidente, que já havia citado o seu nome como um bom candidato ao governo do Rio Grande do Norte, apontou recentemente que desejaria que ele concorresse à vaga de senador pelo estado a fim de aumentar a bancada bolsonarista. O próprio Marinho afirmou ser essa sua intenção.

Nesta quarta (5), Marinho copia o chefe e sai de férias por quase um mês, de acordo com o Diário Oficial da União. Ou seja, Bolsonaro terceirizou para Marinho que, agora, terceiriza para o secretário-executivo da pasta.

Apesar de estar focado, neste momento, em atrasar a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga avalia concorrer a um cargo público. Ele, que também deu às caras no Sul da Bahia em meio à tragédia, pode disputar um cargo pela Paraíba, seu estado natal – Câmara, Senado ou mesmo o governo.

Acredita que, com o avanço da imunização, possa ser o “candidato da vacina” – o que significaria uma campanha com altas doses de cinismo.

Por fim, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, que também esteve no Sul da Bahia, é apontada como possível candidata a cargo público, apesar de afirmar que deseja continuar chefiando a pasta até o final do ano.

A razão é sua alta popularidade entre os seguidores do presidente, principalmente evangélicos – aprovação que, por vezes, ultrapassa a do próprio chefe. Seu nome é apontado não apenas para uma vaga no Senado, mas há um balão de ensaio flutuando em Brasília que a coloca como candidata à vice de Bolsonaro.

A questão é que a resposta dada pelo governo Jair Bolsonaro no Sul da Bahia tem sido criticada pela população, que a vê como insuficiente e, acima de tudo, atrasada. Nesse sentido, o que pode ter sido pensado pelo presidente como vitrine para seus ministros pode se tornar vidraça.

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